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Os melhores restaurantes no Rio de Janeiro

De estrelados Michelin a casas que guardam receitas de família, descubra ótimas opções para almoçar ou jantar na cidade.

Renata Magalhães
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A gastronomia carioca vive um momento efervescente, com a consolidação de casas tradicionais e a abertura de novos estabelecimentos que prometem fazer história. Da culinária típica de países como Itália, Japão e África, passando por experiências teatrais à mesa de jantar, e chegando até propostas vegetarianas de alto requinte, a lista de melhores restaurantes no Rio de Janeiro oferece uma gama de opções para todos os gostos (e bolsos). Quer uma experiência inesquecível em um estrelado Michelin? Temos. Prefere gastar menos e ser surpreendido com novos sabores da tão apreciada "comfort food" brasileira? Está aqui também. Da Zona Norte à Zona Oeste, confira os estabelecimentos que merecem uma visita.

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Os melhores restaurantes no Rio de Janeiro

Em 2015, depois de apenas um ano com as portas abertas, o restaurante de Rafa Costa e Silva ganhou uma estrela Michelin. Hoje está em um novo endereço, ainda mais exclusivo, com funcionamento para um seleto grupo (normalmente são menos de dez pessoas por noite). O local é palco para experimentações modernas com insumos brasileiros, cultivados pelo chef em hortas no Itanhangá e no Vale das Videiras, na Região Serrana, ou adquiridos de pequenos produtores do estado. Os comensais se acomodam em um balcão com vista para a cozinha, onde uma afiada equipe coreografa a produção de menus-degustação de doze a catorze tempos. Seguindo uma tendência mundial, o protagonismo dos pratos está em legumes e verduras, sem dispensar o uso dos produtos mais frescos do mar e as melhores carnes. O cardápio muda todos os dias e segue critérios de sazonalidade dos ingredientes. Funciona apenas com reservas.

Aqui seu jantar é (literalmente) um espetáculo. Em seu projeto de vida, o chef Claude Troisgros se uniu com o diretor Batman Zavareze para a criação de uma experiência gastronômica única, que busca estimular múltiplos sentidos. O menu conta com trilha sonora eclética, declamação de poesia, projeção de filmes e vídeo mapping, além, é claro, de uma degustação impecável, composta por nove etapas. Tudo é preparado na frente do público – os seletos doze comensais –, com técnicas apuradas. O espetáculo é dividido em três atos: começando por entradas como o capuccino de cogumelos e seguindo para os pratos principais, que incluem nhoque de vieiras com barriga de porco, cebolinha e dashi de tucupi, e o lendário escalope de salmão com azedinha, uma receita história do pai de Claude. Por uma taxa de R$380, é possível fazer uma bela harmonização com vinhos.

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  • Português

Os "gajos d'ouro" são 34 ex-funcionários do lendário restaurante Antiquarius, que se reúnem mais uma vez em torno da gastronomia lusitana. Em novo endereço, chamam atenção os detalhes em azulejos portugueses, as esculturas e os objetos de antiguidade, criando a atmosfera aconchegante da terrinha. Impossível não começar pelo famoso couvert (R$49). Depois, é hora de passar para a porção de bolinhos de bacalhau (R$75) ou para as portuguesinhas de cozido (R$60). O histórico arroz de pato (R$268, para compartilhar) e o Bacalhau à Lagareira (R$249) são destaques entre os principais. Nada como os saborosos ovos nevados (R$60) ou os ovos moles de Aveiro (R$45) para encerrar a experiência.

Os jantares para poucas pessoas são servidos em oito etapas, com pratos criativos e insumos produzidos no espaço, desde a charcutaria aos queijos. Por trás da empreitada está João Paulo Frankenfeld, ex-jogador de basquete que se apaixonou pela gastronomia, foi estudar com ninguém menos que Paul Bocuse e se tornou head chef da Le Cordon Bleu. Agora seu palco é a Casa 201, no Jardim Botânico, onde mostra suas técnicas em uma cozinha aberta. A cada três meses, o menu degustação da casa (R$590) é renovado, mas alguns exemplos que já foram servidos por lá são a costela angus com crocante de cebola, cogumelos e molho gastrique; o tortelli de rabada e tutano com shiitake; e o cordeiro em crosta de couve e tortinha folhada de cebola. Para acompanhar, uma seleta carta de vinhos (as bebidas são cobradas por fora). 

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  • Italiano

A abertura no luxuoso Hotel Fasano, em 2020, marcou uma nova fase para o tradicional restaurante italiano. A ampla varanda com vista para a Praia de Ipanema proporciona a experiência única de degustar os requintados pratos a céu aberto, enquanto o elegante salão de tijolinhos atende um público mais do que variado. A proposta é mais solta, sem muita firula, mas com gastronomia de primeira. A frente da cozinha está o chef italiano Luigi Moressa, que participou da abertura do antigo Gero na cidade, nos idos de 2002. No cardápio estão clássicos do grupo, além de sugestões que entram de acordo com as estações do ano. Duas pedidas certeiras: cordeiro assado ao forno (R$196), com batatas e alcachofrinhas, e o espaguete à carbonara (R$129). De segunda a sexta, há um extenso menu executivo que oferece, a preço único (R$167), entrada, principal e sobremesa.

  • Brasileiro

A embaixada do Pará fica no bairro do Riachuelo, na Zona Norte do Rio. Um domingo por mês, a rua Vítor Meireles vira uma grande festa, com cantores regionais de carimbó que botam para rodar as saias das moças dançantes. A dica é chegar cedo, logo que abre, às 11.00, para pegar um bom lugar e desfrutar tudo que há de melhor no cardápio assinado pela cozinheira Adriana Veloso junto ao marido Júnior (conhecido como Seu Zé), responsável pelo braseiro. Dentre as opções, muito jambu, chicória e pimenta de cheiro, claro, além de pratos típicos como açaí com farinha (R$35,90), maniçoba (R$39,90) e tacacá (R$35,90). Anote aí: em data divulgada com antecedência pelas redes sociais, a casa promove um café da manhã regional em buffet livre, com tapioca, cuscuz, bolos e tortas (R$64,90), das 8.00 às 11.00.

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Neste premiado restaurante, construído em um antigo casarão de 1938, o chef Alberto Landgraf abusa da criatividade no desenvolvimento dos pratos que compõem o menu degustação (R$845). São oito criações que mudam sazonalmente, de acordo com a disponibilidade dos ingredientes, sempre focadas em peixes, frutos do mar e vegetais. Do balcão, é possível acompanhar o show orquestrado na elegante cozinha aberta, que rendeu à casa duas estrelas Michelin, além do 76º lugar no The World’s 50 Best Restaurants 2023 e 12º no Latin America 50 Best Restaurants 2022. A harmonização varia de R$675 a R$795 (premium), mas é possível optar por garrafas ou taças dos mais de 400 rótulos selecionados pelo sommelier Leonardo Silveira.

  • Italiano

Quando assumiu a operação do mais requintado restaurante do Copacabana Palace, Nello Cassese, diretor de culinária de todas as propriedades Belmond na América do Sul, conseguiu reavivar um brilho de outros tempos. Seu conhecimento técnico, junto a uma visão carregada de criatividade e ousadia, provê uma viagem de norte a sul pela Itália, explorando os melhores produtos da estação e os sabores de cada região. A casa, que sustenta uma estrela Michelin, trabalha apenas com dois menus degustação sob reserva. Um traz pratos que marcaram o caminho de sucesso percorrido pelo cozinheiro nestes quase dez anos (R$475), enquanto o outro aborda regiões da Itália (R$ 595). Estão lá o carpaccio de Wagyu, o bacalhau em lâminas de abobrinha e o ovo com creme de queijo maturado por 36 meses. Há ainda uma versão vegana (R$495), com foco em legumes orgânicos, que mantém toda a sofisticação. O fantástico salão com espelhos e lustres italianos, dá vista para a emblemática piscina do hotel, mas a experiência Mesa do Chef leva à uma imersão dentro da cozinha, para seletas seis pessoas.

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  • Italiano

A escolha pelo bairro de São Cristóvão tem um motivo muito especial: estavam à procura de um lugar que traduzisse bem o clima do interior da Sardenha, onde nasceu o chef e dono Silvio Podda. Assim, em 2012, foi inaugurado um dos melhores restaurantes do Rio, que oferece uma explosão de sabores da ilha ensolarada do Mediterrâneo – a preços bem mais em conta do que a passagem até lá. Os pratos que eram preparados na casa da família agora estrelam o cardápio, como o Agnello alla Vernaccia (R$96), cordeiro ao vinho acompanhado por risoto de funghi ou de cebola roxa, ou o Polpo alla Marinara (R$270, para duas pessoas), polvo inteiro cozido no vinho branco. Não deixe de experimentar o gosto potente da bottarga (R$54) na entrada, e fechar com um Amaretto (R$17, duas unidades), docinho de amêndoas tipicamente sardo, junto com um expresso italiano (R$7).

  • Sul-africano

Tamanho sucesso fez com que o restaurante mudasse de endereço para um casarão maior, com direito a um quintal cheio de plantas, lugar mais do que aconchegante para se deliciar com o cardápio de Dida Nascimento. É através da sua gastronomia que ela compartilha a cultura africana. A viagem vai do Congo, com moqueca de banana e farofa de amendoim (R$57), à África do Sul, representada pelo Kruger, uma costela assada marinada com especiarias. Dá ainda para passar pela Nigéria, com o Arroz de Jollof (R$65), e pingar na Angola ao experimentar o calulu de carne seca (R$66). Todos são pratos aprendidos pela chef em uma vivência no continente. Às sextas, a partir das 18.30, os comensais podem aproveitar um show de jazz. A cada quinze dias, é realizado o tradicional jantar africano (R$ 75,00), no qual são apresentadas maravilhas de três países diferentes.

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Não é à toa que o restaurante está na boca do povo. Inaugurado em 2017, em um sobrado centenário bem no Centro da cidade, o empreendimento abriga as criativas invenções do chef Lucio Vieira a partir de ingredientes frescos e sazonais. As especialidades são carnes vermelhas e frutos do mar, mas o cardápio está sempre variando. A preço fixo de R$112 (R$120 aos sábados), o almoço oferece couvert, entrada, prato principal e sobremesa. Já à noite existem opções à la carte e um menu degustação (R$380) com onze passos. Na carta de vinhos idealizada pelo especialista Alain Ingles, da distribuidora Gavinho, brilham os rótulos naturais, orgânicos e biodinâmicos. A limonada da casa (R$12), com gengibre e capim limão, também faz bastante sucesso.

  • Italiano

As memórias de sua infância na região da Ligúria, onde moravam seus avós, inspiraram o chef Nello Garaventa na abertura deste pedacinho da Itália no Rio, em 2017. A simpática casa dos anos 1940 no Jardim Botânico guarda um forno a lenha na cozinha aberta, de onde saem os pedidos dos clientes, que conhecem um pouco mais sobre a família por meio dos objetos pessoais espalhados pelo salão. No menu fixo (R$198), em três etapas, não só os clássicos entram em cena, como outros pratos menos conhecidos são resgatados. É oferecido um couvert, com pães próprios feitos com fermentação natural, além de entradas como polenta mole com cogumelos e crudo de peixe do dia. Dentre os principais, destaque para o espaguete ao vôngole e a costelinha de porco à milanesa com purê de batatas. Há ainda opções tentadoras por um valor extra, como o linguine de lagosta (R$40). O tradicional tiramisù é uma ótima pedida para fechar os trabalhos.

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  • Frutos do mar

Pescador desde criança, o chef Gerônimo Athuel se debruçou sobre uma intensa pesquisa de técnicas de conservação e maturação de peixes e frutos do mar. Resultou em uma penca de receitas que fogem do lugar-comum, incluindo de pescados menos comerciais, dificilmente encontrados em outros restaurantes do segmento. Na hora do preparo, ele faz uso integral dos animais, indo desde o filé maturado na brasa com aioli de salsa (R$76), que fica com a pele crocante e a carne bem suculenta, até uma linguiça artesanal defumada acebolada (R$42) e miúdos com purê de baroa (prato sazonal). Os preços listados são de sua primeira casa, sensação da Ilha Primeira, na Barra da Tijuca, por onde se chega de barco – o começo da imersão. Das mesinhas ao ar livre, é possível contemplar um pôr do sol de tirar o fôlego. Tanto sucesso levou a um segundo empreendimento, que acaba de abrir as portas no Leblon, e já causa o mesmo alvoroço. Por lá, a câmara de maturação é o carro-chefe da decoração, à vista de quem passa e é logo convidado a entrar.

Da cozinha aberta montada no meio do salão, bem próxima dos clientes, que acompanham ao vivo o balé teatral das composições, saem pratos inventivos como ostras com melancia (R$58), moquecada de mexilhão com urucum (R$68) e magret de pato com peras ao vinho, blueberry, bruxelas e kimchi (R$88). Isso sem contar clássicos como o peixe com banana em molho de manteiga, limão e passas (R$148), uma receita da avó de Claude Troisgros, chef por trás desta famosa e premiada empreitada. Uma curiosidade: ela foi aberta em 2017 no mesmo local onde funcionou seu primeiro restaurante na cidade, ainda na década de 1980. Por lá, o francês valoriza produtos nacionais em montagens simples com um toque retrô, sem abandonar suas raízes.

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O casal de cozinheiros Ana Paula Souza e Victor Lima acorda cedo para escolher os insumos que vão fazer parte do menu naquele dia. Com ambiente intimista, para apenas treze pessoas, a simpática casa em Laranjeiras foca em uma comida contemporânea de alto nível, porém com cifras bastante acessíveis. No almoço, é oferecido um cardápio fixo (R$73) que inclui entrada, prato e sobremesa, todos à escolha do cliente. Há sempre uma opção vegetariana (ou vegana, se avisado na hora da reserva). Já o jantar muda completamente: à meia luz e com serviço à la carte, dá para apreciar seis delícias (R$26-R$96) na linha dos famosos tapas espanhóis. A ideia é que duas pessoas compartilhem para poder provar de tudo um pouco.

  • Churrasco

A primeira unidade foi inaugurada em 2017 no Jardim Botânico, comandada por Marcelo Malta, fornecedor de carnes e pescados para os principais restaurantes da cidade. Logo depois, o sucesso abriu as portas de uma filial no Leblon. Em ambos, a ideia é compartilhar cortes e acompanhamentos em torno de uma mesa farta de comida sem rodeios e muito saborosa. São mais de 10 opções disponíveis, com destaque para o Wagyu de classificação A5 (R$1700). Sim, o mais alto nível de qualidade de carne do mundo. Mas há excelentes possibilidades para bolsos mais comedidos, como o Denver Steak (R$180), o Prime Rib (R$295) e o Porter House (filé mignon ao chorizo, R$299). Não deixe de pedir as fritas (R$44) e a farofa de ovo (R$40) para fechar o prato. Nas duas casas estão disponíveis cortes nobres para venda, assim como outros produtos da marca – cerveja, vinho, feijão e farinha de mandioca são alguns exemplos.

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  • Italiano

Com quase 40 anos de história, fundado pelo italiano Miro Leopardi (e hoje tocado por sua família), o lugar é um porto seguro da alta gastronomia carioca e aposta em uma cozinha italiana mediterrânea clássica. Logo na entrada, um balcão mostra os peixes e ostras que chegam do mar para as mesas. Nos plateaux, as bandejas trazem combinações como ostras, king crab e camarões VG (R$480). Dentre as massas, vale apostar no espaguete com vôngoles (R$ 138), e a grande novidade são os camarões gigantes, que podem vir no risoto com burrata e ovas de salmão (R$258). Os insumos chegam de vários lugares, desde a Região dos Lagos até o Alasca e a Patagônia; assim como os mais de 300 rótulos de vinhos, que também são de diferentes nacionalidades.

  • Frutos do mar

No grande salão do casarão branco, chama atenção um bar em madeira com um balcão de ostras, de onde saem drinques muito bem preparados. Mas o palco principal fica no segundo andar: uma cozinha aberta que permite acompanhar o sincronizado trabalho da equipe com os peixes e frutos do mar fresquinhos. O conceito vem de Ricardo Lapeyre e aposta em um restaurante mais casual e sem frescuras. O couvert (R$48) traz uma surpresinha do chef, mas outras entradas fazem bastante sucesso, como a croqueta de moqueca (R$34) e o carpaccio de vieiras (R$92). Já na etapa principal, fica à escolha do freguês se o preparo será em brasa, forno ou pochê para degustar a garoupa (R$105) e o polvo (R$139), por exemplo. Há ainda opções como a lasanha de pato (R$119) e o clássico Arroz de Bacalhau Henriqueta (R$128). Dica: de terça a quinta, no almoço, é oferecido um prato do dia (R$79), que muda semanalmente, e às sextas tem feijoada de frutos do mar com lula, polvo, mexilhão, peixe do dia, farofa de chorizo e cítricos de couve (R$90).

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  • Japonês

Embaixador do sushi no Brasil e em Portugal, o chef André Kawai vive criando novas receitas para o cardápio deste restaurante que investe na alta gastronomia nipônica – mas sempre com um toque regional. Por lá, acaba de ser inaugurada uma nova peixaria, onde cerca de 30% dos peixes passam por um processo de maturação, para melhores sabores e texturas. É preciso consultar as opções disponíveis, já que a ideia é respeitar a sazonalidade dos insumos locais e aproveitar o máximo possível das matérias-primas em todos os preparos. No elegante salão, sob uma cerejeira cor de rosa, os comensais podem começar por um delicioso Mini Katsu Sando (R$24), sanduíche de copa lombo com molho da casa, ou gyozas de wagyu com aioli (R$71), até partir para os sushis (servidos em cinco unidades) e sashimis (duas unidades). Do Japão, o San recebe a verdadeira raiz de Wasabi e toda sua carta de chás, pensada por Elinda Satie Date, uma das produtoras mais premiadas de lá. Já os melhores rótulos de sake foram escolhidos pelo tarimbado sommelier Ishibashi Shiba. Peça indicações para harmonizar com cada receita.

  • Italiano

Aqui a autêntica culinária italiana ganha traços brasileiros, quando o inventivo chef Nelson Soares traz para o menu referências familiares do Norte e Nordeste. Bons exemplos são os cogumelos grelhados com fonduta de pecorino romano (R$67) e o arancini de abóbora com fonduta de queijo da Serra da Canastra (R$42), excelentes para iniciar a noite. A lasanha de carne com grana padano e pangrattato (R$72) é só sucesso, bem como o filé de pirarucu fresco com risoto de tucupi e jambu (R$98). No burburinho de Botafogo, a pequena casa se destaca pela elegância despojada, com suas mesas de madeira cobertas por toalhas brancas. Quem agora toca a cozinha por lá é a Julia Lottus, egressa do premiado Cipriani, enquanto Nelson se aventura por Portugal para abrir uma filial em Cascais. A seara de drinques fica por conta do mixologista Lucho Moroz, que, embora argentino, encantou-se pelas frutas brasileiras nativas e as trouxe para suas criações. 

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"Um lugar para contar e comer histórias". Assim Roberta Sudbrack define o restaurante, que mais parece uma extensão de sua residência – e é essa mesmo a ideia. A badalada chef se reinventou e abriu este espaço pouco antes da pandemia, com uma pegada bem artesanal por trás da porta lilás. Na cozinha aberta, ela e sua equipe lidam com o forno de barro de onde saem quase todas as preparações, como carnes assadas por uma noite inteira nas brasas mornas, e manuseiam as panelas de cobre na boca do fogão com delicadeza e calma. As estrelas são os legumes e verduras orgânicos, além de outros insumos de alta qualidade, em sua maioria de pequenos produtores. Do pão caseiro (R$39) ao arroz de frutos da terra (R$92), passando pela burrata com milho assado e linguiça caipira (R$79) até o polvo na brasa (R$189), há opções para todos os gostos e bolsos. Em comum a todas, a sensação de estar comendo na casa da avó. Não deixe de finalizar com o bolo de chocolate molhadinho (R$49), que já virou uma lenda e dispensa explicações.

  • Vegetariano

O nome vem do hebraico e significa “natureza”. Sim, um dos melhores restaurantes no Rio é vegetariano, uma empreitada de Daniel Biron, especializado pela Natural Gourmet Institute e com histórico em casas de Paris e Copenhague. Em parceria com Daniel Oelsner, fundador do famoso bar de tapas Venga, ele criou uma referência no conceito: pratos totalmente vegetais, produzidos com ingredientes orgânicos e sazonais, de pequenos produtores. Tudo em um ambiente descolado e aconchegante, com mesas na varanda, paredes verdes e mobiliário de madeira. A ideia aqui é compartilhar. Comece pelo arancini recheado com mix de cogumelos (R$44, duas unidades) ou pelo taco de jaca verde (R$42, duas unidades), antes de mergulhar no Wellington (R$76), massa recheada com cogumelos, feijão fradinho, lentilha, cenoura defumada e castanhas, uma das melhores opções principais. De segunda a sexta tem menu executivo, com salada, principal e sobremesa, por R$74. Para beber, drinques com e sem álcool, além de kombucha (R$16) e uma surpreendente limonada de lavanda (R$18). Acaba de abrir em Copacabana o Teva Deli, que funciona como café, padaria, restaurante e delicatessen.

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Nova empreitada do chef Pedro de Artagão, o Irajá Redux resgata a aura sem amarras de sua primeira casa. Quanto mais combinações inusitadas de sabores, melhor. Entre as opções de entrada, o carpaccio de wagyu (R$58), com molho trufado, queijo canastra e palitos de brioche, e as vieiras seladas (R$62) com teriyaki e maracujá se destacam. Os principais misturam clássicos, como o picadinho (R$76) e o arroz de bacalhau (R$84), com novidades bem autênticas, tipo o Mac N Cheese com lagosta (R$88). E sim, o bolo de brigadeiro (R$32), bem molhadinho e com calda de baunilha, reconhecido como um dos melhores do Rio, está de volta. O badalado arquiteto Maurício de Nóbrega assina a decoração dos dois endereços, no Leblon e na Barra, com uma pegada bem descontraída: mobiliário moderno, mix de estampas e plantas por todos os lados.

  • Italiano

Depois de 16 anos trabalhando para várias cozinhas mundo afora, o chef de origem ítalo-suíça Elia Schramm arriscou seu primeiro voo solo e abriu em 2021 um restaurante que homenageia sua ancestralidade. Nos dois salões de ambientação intimista, os comensais podem passear por entradas como a Crocheta di Salsiccia (R$32), croquetes de linguiça toscana com mostarda dijon, e o Cannoli ai Gamberi (R$46), cannoli salgado com salada de camarão, aipo, maçã-verde e limão siciliano. As massas artesanais são ótimas pedidas, incluindo o Ragú di Manzo (R$77), pappardelle fresca com ragú de carne cozida no vinho tinto por doze horas, e o Funghi & Tartufo (R$79), gnocchi com cogumelos e salsa de trufas. Há clássicos também na sobremesa, como o Pistache & Limone (R$39), massinha recheada com creme de pistache, caramelo salgado e anglaise de limão siciliano, puro sucesso.

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  • Vegetariano

Vamos desmistificar a alta gastronomia vegana? Formada no Natural Gourmet Institute, em Nova York, a premiada chef Tati Lund cozinhou mundo afora levando requinte a este tipo de cozinha. O restaurante é tão colorido quanto os pratos que por lá são oferecidos, sempre com ingredientes de pequenos produtores. Há opções fixas, como o Bowl Mediterrâneo (R$54), com polenta cremosa, molho de tomate, legumes assados, queijo de castanha, óleo de ervas de lascas de amêndoas, ou a Salada da Tati (R$54), com beterrabas assadas, folhas frescas, nozes adocicadas, boursin vegano e vinagrete de balsâmico com melado. O prato do dia (R$68) vem acompanhado por sopa ou salada, como a lasanha de berinjela com cuscuz de canjiquinha às quintas. Na parte das sobremesas, a Surra de Prazer (R$35), feita com biscoitinho de castanhas, caramelo vegano, calda de chocolate e toque de café, é um desbunde.

  • Asiático contemporâneo

Depois que chegou ao estrelado restaurante à beira da piscina do Copacabana Palace, o chef Alberto Morisawa (mais conhecido como Mori) deu uma revolucionada no cardápio. Agora, os comensais podem escolher entre duas opções de experiências Omakase, uma com 16 (R$535) e outra com 19 passos (R$635). Há opção de harmonização com sakes selecionados, por um adicional de R$550. Já o novo menu degustação, em versão tradicional (R$480) ou vegetariana (R$415), inclui Bluefin Tartar, atum bluefin, gema curada, ovas de tobiko e pimenta sriracha, além do Wagyu Sukiyaki, com carne wagyu, espinafre, tofu, cogumelo, cenoura e macarrão udon. Para fechar, uma novidade: sorvete de sake com nozes caramelizadas. Aqui, a harmonização custa R$450. Na seara à la carte, destaque para o Ebi Tempura (R$125), de camarão com molho tentsuyu, e o Red Curry Veg (R$110), curry vermelho, tofu frito, leite de coco, legumes e arroz gohan.

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  • Brasileiro

Egressa do saudoso Siri Mole, a baiana Isis Rangel levou suas queridas receitas para um aconchegante sobrado no Jardim Botânico, onde agora trabalha com a filha Erika. A porção de acarajé (R$66, com quatro unidades pequenas) é a entrada mais pedida, para forrar o estômago antes de pedidas como a moqueca de peixe (R$105) ou o mignon na manteiga de garrafa (R$89). Na dúvida, opte pela degustação baiana (R$182), com vatapá, caruru, acarajé, bobó de camarão e casquinha de siri. Os clientes são recebidos por uma gigantesca imagem de Iemanjá no segundo andar, à vista pelo lado de fora. O teto também é envidraçado, aberto para o céu, o que confere uma atmosfera gostosa para as refeições. As caipirinhas de frutas variam entre R$33 e R$38, e a visita não fica completa sem a cocada de forno (R$27), com calda de abacaxi assado. 

  • Vegetariano

A missão de Nathalie Passos é provar que uma refeição boa e completa não precisa de carne. Formada no Natural Gourmet Institute, em Nova York, a jovem (e experiente) chef abriu um restaurante que se tornou referência no segmento, angariando prêmios e fãs pela cidade. O cardápio à la carte muda de acordo com a disponibilidade dos produtos locais e orgânicos, mas mantém sempre os queridinhos: a moqueca de banana da terra (R$52,90) e o cozido indiano feito com grão de bico, batata doce, molho de tomate e especiarias (R$53,90) são pedidas certeiras. Uma mudança de endereço aconteceu em 2022, levando o estabelecimento para um charmoso casarão na mesma rua, e por lá agora também tem um sebo de livros. Nada mal passar uma tarde aproveitando a leitura com os drinques autorais ou rótulos de vinhos orgânicos e naturais.

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Depois de se formar pela Le Cordon Bleu, em Paris, a chef Roberta Ciasca inaugurou o restaurante em 2005, em um casarão em Botafogo que pertencia a sua avó. Faz sentido que o cardápio siga uma linha "comfort food", bem caseira, mas com toques inovadores e apresentação caprichada. Difícil escolher entre a Shawarma de Cogumelos (R$34) ou o crudo de carne (R$39), antes de mergulhar em pratos principais, como o Magret de Pato (R$82) ou a costelinha de porco (R$75). Guarde espaço para o sanduíche do cookie (R$32), servido com sorvete de baunilha, de comer rezando.

Os cariocas e turistas do mundo todo que frequentam o Museu do Amanhã ganharam um belo presente: acaba de inaugurar a primeira unidade da Casa do Saulo fora do Pará, trazendo os sabores da região Norte diretamente para o Rio. O salão é uma graça, colorido, com estantes cheias de plantas e artesanato local. A partir de toques autorais do chef Saulo Jennings, nascido em Santarém, o restaurante oferece uma cozinha amazônica autêntica. O cardápio é montado com ingredientes raros, alguns nunca provados em outras casas aqui do Rio. Os destaques ficam por conta do Carpaccio de Pirarucu Defumado (R$62,90), maior peixe de água doce do mundo, servido em lâminas finas com creme de queijo de búfala e castanhas do Pará raladas, e a famosa Feijoqueca (R$ 92,90), medalhão de pirarucu com camarões ao molho de moqueca, feijão Santarém, banana da terra, crispy de jambu e farofinha Bragantina. Exclusividade aqui da cidade, o Tiramisu de Bacuri (R$34,90) é um deleite. Na seara dos drinques, é imperdível a caipirinha de jambu (R$26,90). Tente pegar uma mesa próxima à janela ou na área externa para se encantar com a vista da Baía de Guanabara e a ponte Rio x Niterói ao fundo. O final de tarde por lá é memorável.

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  • Africano ocidental

Inspirada pela herança africana na gastronomia brasileira, a chef Andressa Cabral usa este pequeno e potente restaurante para revisitar clássicos em receitas com muito axé. A Carne de Onça (R$44), batidinha na ponta da faca, vem bem temperada, e casa bem com a nova larica que chegou por lá: palitinhos de polenta frita cobertos por bolonhesa de polvo, com uma chuva de bacon e queijo (R$ 39,00). Comida de terreiro, o frango com quiabo (R$46) é ótimo opção individual, assim como o picadinho de cabrito com arroz de brócolis e palha de aipim (R$55), enquanto a moqueca de frutos do mar (R$189) serve bem duas pessoas. Dica: às sextas tem uma feijoada (R$58) que é o pontapé perfeito para o fim de semana. Não saia de lá sem beber um Jorge Amado (R$28), drinque de maracujá, limão e cachaça Gabriela.

A brasa é a protagonista na preparação dos dois menus oferecidos pela casa do premiado e inventivo Felipe Bronze: o Afetividade (R$590) traz 11 snacks, dois pratos e uma sobremesa, enquanto o Criatividade (R$690) vem com mais dois principais. A proposta de trazer as raízes brasileiras para a gastronomia de vanguarda deu tão certo que o local ostenta duas estrelas Michelin, fazendo deste um dos melhores restaurantes no Rio. Dentre as opções na primeira etapa, chamada "com as mãos", tem ostras com jabuticaba e shissô roxo, carabineiro e limão caviar, casquinha de siri e até canja de galinha. Já na parte "com talheres", cordeiro, porco e black cod são os destaques. Há possibilidade de fazer harmonização (R$290-R$370) com os vinhos escolhidos pela argentina Cecilia Aldaz, esposa do chef.

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  • Italiano

Um pé de oliveira foi colocado na porta para mostrar aos clientes a preocupação em usar sempre ingredientes frescos nas massas e pizzas feitas no forno a lenha. O chef Erison Oliveira assina o cardápio, no qual se destacam pratos como o Tonno in Crosta di Olive (R$120), lombo de atum em crosta de azeitonas com risoto de limão siciliano, e o Costella (R$149), costela de Angus assada com risoni ao fondue de grana padano trufado, ambos de dar água na boca. Na seara das redondas (R$52-R$149), são quase vinte sabores. Para quem é do gim, o Coliseu (R$45) é ótima pedida, com aperol, suco de laranja e sour mix; já aos amantes da vodka, o Mozzafiato (R$46) mistura hibisco, grenadine, gengibre e pimenta. A experiência não será completa sem o clássico profiteroles (R$46), pérola da casa.

  • Italiano

Com massas feitas à mão, ravioles recheados no momento do pedido e pães assados a cada 10 minutos, os pratos servidos neste italiano estão sempre o mais fresquinhos possíveis. Do molho de tomate ao sorvete, tudo é feito no casarão com paredes de tijolinhos e decorado com peças de antiquário. Clima perfeito para um bate-papo mais íntimo. Batizado em homenagem à matriarca da família Aleixo, um dos melhores restaurantes românticos do Rio traz como destaques do cardápio o Bavettine negro com camarões e lagotinis ao molho cremoso de prosecco (R$68,50) e o Cherne em crosta de amêndoas (R$85,90). Feche a noite dividindo um Profiteroles (R$36,50), que vem com sorvete de creme e calda de chocolate e avelãs. Como os outros negócios do grupo, o pagamento é apenas em dinheiro ou cheque. 

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