Bar Urca
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Onde brindam os chefs

Eles estão à frente de badalados restaurantes, mas quando as portas se fecham é nestes bares que eles vão para desanuviar.

Renata Magalhães
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Uma brincadeira comum é perguntar aos chefs onde eles gostam de comer. Mas em uma cidade com forte tradição botequeira como o Rio de Janeiro, estamos mais interessados em saber onde eles vão para beber. Depois que fecham seus restaurantes, alguns inclusive premiados com estrela Michelin, para onde estes profissionais vão para dar aquela relaxada e curtir uma saideira antes de ir para casa? Confira a lista não apenas com seus endereços preferidos, mas o que cada um gosta de comer e beber em cada estabelecimento. E veja que neste quesito eles são bem gente como a gente. 

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Onde brindam os chefs

“Costumava frequentar muito o Bar Urca logo que cheguei ao Rio de Janeiro. Foi lá que comecei a me sentir meio carioca. Sentar na mureta, tomar um caldinho de frutos do mar (R$31), comer uma empadinha de camarão (R$14)... Costumava também almoçar com a minha família aos domingos. É um lugar com uma vista linda e turística, mas ao mesmo tempo um bairro que representa a cidade. Não digo que é uma inspiração, pois o cardápio é muito focado em peixe e frutos do mar, mas considero uma boa coincidência com o trabalho que fazemos no Oteque.”

"Gosto muito de ir ao Botica. A localização é perfeita, porque são meus vizinhos. Mas, além disso, a comida é excepcional. Dos frios no balcão, destaco o homus de cenoura tostada com amêndoas (R$19). Já da cozinha, o pão de alho (R$19), o coração na farofinha (R$39) e a lula ao romesco (R$56) são os meus preferidos. Para beber, minha escolha é o Fitzgerald (R$32) ou o mate com rum (R$25)."

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"No Bracarense, tem o melhor chope (R$9,60, a tulipa) da cidade. Toda a comida é preparada com muito cuidado, especialmente os bolinhos. É do lado da minha casa, então estou sempre lá. Frequento desde que cheguei no Brasil. Atualmente, são os netos que cuidam da casa, mantendo firme o DNA do botequim. Meu preferido é o bolinho de aipim com camarão e requeijão (R$6,90).”

Rua José Linhares, 85 (Leblon). (21) 2294-3549. Seg 11.00-22.00, Ter-Qua 11.00-23.00, Qui-Sáb 11.00-23.55, Dom 11.00-21.00.

“Escolho o Galeto Sat’s, de Botafogo, sem dúvidas. Primeiro pelo acolhimento, pela hospitalidade e pelo tratamento que recebo lá. Por causa do Serjão, do Raoni, da Rafa. Por causa do Mendes, o melhor garçom do mundo. Segundo, é um bar que fica até bem tarde. A gente, que sai da vida de restaurante às vezes mais de meia-noite, precisa de um lugar assim. Quem vai te receber uma da manhã bem? É o Sat’s. Você ainda consegue comer uma carne na brasa gostosa. Três horas da manhã, se você quiser comer uma excelente picanha (R$189, para três pessoas), você come. Frequento há muito tempo, já amanheci várias vezes ali. É um bar democrático, em que eu me sinto muito bem, tanto é que eu resolvi abrir o Jurubeba bem ali do lado [bar com previsão de abertura em outubro].

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“O Guimas é um lugar que gosto muito, talvez porque lá a barreira entre bar e restaurante é quase invisível. Um lugar de memórias ótimas, com certeza, e ainda assim um lugar onde você encontra, desde sempre, a mistura perfeita de gente: intelectuais, artistas e as pessoas mais interessantes que o Rio tem. Sempre que vou, é de lei pedir uma gin tônica (R$36) ou um chope (R$10,90, Brahma), e um sanduíche de carpaccio (R$52).”

“Boteco é um ambiente muito brasileiro e que o carioca leva muito a sério. É o espaço onde a gente coloca os assuntos em dia, conta novidades, discute de futebol a política – uma zona neutra onde acontece isso tudo. Tenho o hábito de frequentar o Chanchada, em Botafogo, que é o botequim do Bruno Katz. Sempre que vou, como muito bem. O pastel de milho com queijo (R$12) é bem legal, o quiabo (R$24) é maravilhoso, o coração de pato (R$38) eu gosto demais. Sempre tem alguma novidade. Lá tenho a segurança de que qualquer coisa que eu vá pedir será muito boa. Isso sem falar na batida de coco queimado (R$16), obrigatória.”

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"Eu gosto do Praça 7 Wine Bar, que fica no Recreio dos Bandeirantes. Aos fins de semana, passo lá antes de voltar para casa, depois do trabalho. Além de ser perto para mim, tem um ambiente familiar e rótulos de vinhos escolhidos a dedo. Meu favorito é o Quinta da Neve Pinot Noir (R$160). Mas também é ótimo para tomar um chopp artesanal, sempre gelado, recomendo o Hell de Janeiro (R$14,80). Na gastronomia, o destaque é o vinagrete de polvo (R$45), muito bem feito e saboroso."

Frequento muito o Adega Pérola, em Copacabana. Um bar tradicional e com mais 65 anos de existência, sempre mantendo o mesmo padrão. Gosto das variedades da vitrine, como as sardinhas em escabeche (R$9, a unidade), a morcela (R$34) e por aí vai… tem mais de 50 opções para escolher. É o lugar em que eu costumo almoçar um prato executivo (R$38-R$48) e, no final de tarde, beber um chopp gelado (R$10) com os amigos.”

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“Gosto bastante do Liz Cocktails & Co. Tem um drink clássico que só tomo lá, o French 75 (R$39), que leva champagne, gin, suco de limão e açúcar. Acho o Liz um bar com cara de bar mesmo, sabe? Quando vou pra lá, tenho certeza de que beberei bons coquetéis. Não é um bar de comida, é um bar de bebidas e, por isso, muitas vezes vou ali tomar um aperitivo antes de ir jantar em algum outro lugar.”

"Escolho o Nosso porque é um bar alto astral. Sou sempre muito bem recebido por todos e a equipe é interessada no que eu gosto de beber, o que torna a experiência, além de divertida, muito pessoal. Não sou do tipo que bebe e faz uma refeição ao mesmo tempo. Gosto de apreciar o drink e, se for pra comer, que sejam petiscos ou snacks, e todos do Nosso têm uma pegada oriental e leve que eu gosto muito."

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“O chopp (R$8,20) do Velho Adonis é o melhor! É muito diferente dos outros, que normalmente são de chopeira elétrica e tem muito gás. Você bebe um, dois e já não consegue mais. O deles tem uma serpentina diferente, com 25 quilos de gelo, que deixa a bebida muito mais leve. Sem falar que é a segunda choppeira mais antiga do Rio de Janeiro. O polvo com bacon (R$59) é muito bom, assim como a açorda de bacalhau (R$55), coisas que eu gosto de comer em boteco, por conta da simplicidade. Sou sempre muito bem recebido e o custo benefício é ótimo. Sempre saio feliz.”

“Quem me apresentou o Bar da Gema, na Tijuca, foi o [sambista] Gabriel da Muda e me apaixonei pela Luiza Souza e pelo Leandro Amaral de cara. Primeiro me serviram o Pastel de Feijão Gordo (R$10), que é espetacular. Depois veio a coxinha (R$10), incrível. Mas o grand finale estava por vir: a Polentinha com Rabada (R$72), uma combinação perfeita. É como se fosse um dadinho de polenta frita, muito bem temperada, com a melhor rabada que você vai comer na vida desfiada por cima. Não tem melhor. Esse prato é maravilhoso e já me inspirou várias vezes.” 

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"Gosto muito do Elena, do mixologista Alex Mesquita, de quem eu sou muito fã. Ele aposta em clássicos e drinques autorais. O Itamar Araújo se inspirou nos sabores da Ásia para o menu. Eu amo as gyozas (R$56, com cinco unidades) e os dumplings (R$68, com quatro unidades) que o chef prepara. O ambiente me lembra muito a época em que eu morava em Nova York. Tem uma pegada cosmopolita, moderna e ao mesmo tempo aconchegante e descontraída. É um local com várias opções diferentes e interessantes nas áreas de gastronomia e coquetelaria, além de ser um espaço cultural."

“Quando me mudei para o Rio e decidi ser carioca, disseram que era mais importante escolher um boteco do que um time de futebol. Time ainda não escolhi, mas o meu botequim de coração é o Jobi, desde os meus primeiros dias aqui. Lembro de ir com a minha vó, de tarde, quando é bem tranquilo, comer os melhores risoles de camarão (R$60, com seis unidades), e tomar um Robertinho (R$8,50), como é chamado o chopp pequeno por lá. As empadinhas de frango e camarão (R$10, cada), que saem quentinhas, também são maravilhosas. E o bacalhau (R$133-R$220) é dos melhores da cidade.”

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