Dida Bar e Restaurante
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Dia da Mulher: bares e restaurantes comandados por elas

Veja uma lista de endereços criados por mulheres ou com cozinhas chefiadas por elas.

Renata Magalhães
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Lugar de mulher é na cozinha, sim. E no bar. E onde ela bem entender. O ramo da gastronomia profissional sempre foi predominantemente masculino, com premiações tendendo a reconhecer os chefs. Isso vem mudando aos poucos, mas ainda é preciso percorrer um longo caminho até a igualdade. O que não faltam são opções para comprovar que elas mandam muito bem, em segmentos mais do que variados. Na semana do Dia Internacional das Mulheres, listamos espaços na cidade que são comandados por elas – seja na operação ou no cardápio. De um café onde é possível brincar com gatinhos até premiados restaurantes veganos, passando por nomes que despontam e outros que já fizeram história na gastronomia brasileira, confira a seleção e prestigie o corre delas. 

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Bares e restaurantes comandados por elas

  • Brasileiro

A fachada verde do casarão de três andares, com janelas e porta laranja, é uma lembrança da infância da chef Katia Barbosa. O restaurante é uma homenagem a sua mãe, Dona Sofia, paraibana de 92 anos. Lá, 24 comensais podem experimentar a comida cheia de brasilidade que é sua marca registrada, mas de uma forma diferente: em dois menus degustação, um para o almoço (R$70) e outro para o jantar (R$120), com três e quatro etapas respectivamente. O cardápio diurno conta com escolhas para entrada, pratos principais e sobremesas. À noite, há opções para combinar, mas a recomendação é se entregar às surpresas da chef, que aposta em pratos secretos anunciados na hora do serviço. Porco, fraldinha, camarão, peixes vegetais e outros ingredientes populares servem de base para as criações, sempre combinados com um toque especial, tipo jambolão, azeitonas do Nordeste ou Bricelets.

  • Churrasco

A chef Bruna Felizardo assina o cardápio desta casa que tem a churrasqueira como protagonista. No badalo da Rua de Senado, a turma que se aglomera nas calçadas, com copo de cerveja na mão, busca por lá aperitivos como o pastel de catupiry com cebola roxa (R$6), a linguiça toscana (R$9) e o queijo coalho com mel (R$10). Se o salão estiver cheio, o vizinho Armazém Senado costuma ceder mesas para o pessoal bater os pratos que combinam uma proteína com fartas guarnições. Tem galeto (R$59), bife de chorizo (R$85) e picanha argentina (R$95), que podem ser acompanhados por batata frita (R$28), farofa de ovos (R$32) e legumes e cogumelos na brasa (R$36). A partir das 16.00, entra em cena um menu só de petiscos, que inclui o famoso sanduíche de coração de galinha com alho frito (R$33). O negócio é do mesmo grupo do bem-sucedido Labuta Bar, que fica logo ali do lado, encabeçado por Lucio Vieira.

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De volta ao Centro em novo endereço, o misto de sebo e bar, reduto de intelectuais e artistas cariocas que havia fechado suas portas em 2017, está repaginado, sem perder o encanto histórico. Fruto da parceria entre Evelyn Chaves e Cândida Carneiro. Além da parte interna, onde livros se espalham pelas prateleiras, há dois deliciosos ambientes externos: um em frente à edificações antigas, outro na praça da Pila Olímpica. Ambos perfeitos para sentar e apreciar bebericos e petiscos, como a punheta de bacalhau (R$25), o mix de azeitonas temperadas (R$16) ou vinagrete de polvo (R$32), em exibição numa vitrine na porta. Sucessos como o Picadinho Carioca (R$ 45), com farofinha de alho, arroz, ovo pochê e banana assada, estão de volta, junto com novidades como a Costelinha de Porco (R$ 41,00), com barbecue de maçã e salada de repolho roxo com fritas. Às sextas e sábados tem bobó de camarão (R$42) e feijoada (R$44). Dica de ouro: não saia de lá sem experimentar a batida de coco (R$15), bem cremosa e servida em um copão. 

  • Sul-africano

Tamanho sucesso fez com que o restaurante mudasse de endereço para um casarão maior, com direito a um quintal cheio de plantas, lugar mais do que aconchegante para se deliciar com o cardápio de Dida Nascimento. É através da sua gastronomia que ela compartilha a cultura africana. A viagem vai do Congo, com moqueca de banana e farofa de amendoim (R$57), à África do Sul, representada pelo Kruger (R$69), uma costela assada marinada com especiarias. Dá ainda para passar pela Nigéria, com o Arroz de Jollof (R$65), e pingar na Angola ao experimentar o calulu de carne seca (R$66). Todos são pratos aprendidos pela chef em uma vivência no continente. Para beber, a carta de Henrique Andrade também surpreende com pedidas como o João Candido (R$28), que leva gin, calda de morango, limão, hibisco e pink lemonade; e o Bahia Mule (R$28), com ginger beer, espuma cítrica, netuno da Bahia e limão. Às sextas, a partir das 18.30, os comensais podem aproveitar um show de jazz. A cada quinze dias, é realizado o tradicional jantar africano (R$ 75,00), no qual são apresentadas maravilhas de três países diferentes.

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  • Vegetariano

A missão de Nathalie Passos é provar que uma refeição boa e completa não precisa de carne. Formada no Natural Gourmet Institute, em Nova York, a jovem (e experiente) chef abriu um restaurante que se tornou referência no segmento, angariando prêmios e fãs pela cidade. O cardápio à la carte muda de acordo com a disponibilidade dos produtos locais e orgânicos, mas mantém sempre os queridinhos: a moqueca de banana da terra (R$52,90) e o cozido indiano feito com grão de bico, batata doce, molho de tomate e especiarias (R$53,90) são pedidas certeiras. Uma mudança de endereço aconteceu em 2022, levando o estabelecimento para um charmoso casarão na mesma rua, e por lá agora também tem um sebo de livros. Nada mal passar uma tarde aproveitando a leitura com os drinques autorais ou rótulos de vinhos orgânicos e naturais.

"Um lugar para contar e comer histórias". Assim Roberta Sudbrack define o restaurante, que mais parece uma extensão de sua residência – e é essa mesmo a ideia. A badalada chef se reinventou e abriu este espaço pouco antes da pandemia, com uma pegada bem artesanal por trás da porta lilás. Na cozinha aberta, ela e sua equipe lidam com o forno de barro de onde saem quase todas as preparações, como carnes assadas por uma noite inteira nas brasas mornas, e manuseiam as panelas de cobre na boca do fogão com delicadeza e calma. As estrelas são os legumes e verduras orgânicos, além de outros insumos de alta qualidade, em sua maioria de pequenos produtores. Do pão caseiro (R$39) ao arroz de frutos da terra (R$92), passando pela burrata com milho assado e linguiça caipira (R$79) até o polvo na brasa (R$189), há opções para todos os gostos e bolsos. Em comum a todas, a sensação de estar comendo na casa da avó. Não deixe de finalizar com o bolo de chocolate molhadinho (R$49), que já virou uma lenda e dispensa explicações.

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  • Cafés

Apaixonada por gatos, Giovanna Molinaro deixou de lado a carreira em arquitetura para abrir o primeiro cat café do Rio. Sim, um lugar em que você pode provar delícias e interagir com gatinhos. Em 2020 a primeira loja inaugurou em Botafogo, em um charmoso casarão, e um ano depois abriu a filial na Barra da Tijuca. Se você conseguir sair da sala onde ficam os peludos, peça o Affogato (R$18,50), com sorvete espresso e chantilly, para apreciar enquanto espera uma Torrada Gatópolis (R$20,90), adaptação da Torrada Petrópolis com um mix de queijos. Outro destaque do cardápio são os waffles, como o Gatão (R$39,50), acompanhado por ovo estrelado e bacon. Finalize com o Bolo Arco-Irís (R$23,50), que rende ótimas fotos. O projeto tem parceria com uma ONG e todos os animais estão disponíveis para adoção. É preciso pagar uma taxa para brincar com eles, que é revertida para a manutenção do espaço. 

  • Vegetariano

Conhecida por seu trabalho no Miam Miam, um dos melhores restaurantes no Rio, a chef Roberta Ciasca vem se dedicando à cozinha vegetariana há um tempo. O resultado pode ser visto neste aconchegante estabelecimento, que acaba de fincar raízes em uma casa bem bonita em Botafogo. O salão é rodeado por um jardim, e por lá são servidos pratos saborosos, alguns veganos e outros vegetarianos, como o chili de feijão vermelho (R$42) e o risone com cogumelos (R$58). Se estiver em grupo, vale começar pelo Platô do Brota (R$80), uma degustação de acepipes com torradinhas. Os drinques são criação de Laura Paravato e o nº04 (R$34), rum com cordial de amora, vermute rosso e Campari, é um escândalo.

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  • Africano ocidental

Inspirada pela herança africana na gastronomia brasileira, a chef Andressa Cabral usa este pequeno e potente restaurante para revisitar clássicos em receitas com muito axé. A Carne de Onça (R$44), batidinha na ponta da faca, vem bem temperada, e casa bem com a nova larica que chegou por lá: palitinhos de polenta frita cobertos por bolonhesa de polvo, com uma chuva de bacon e queijo (R$ 39,00). Comida de terreiro, o frango com quiabo (R$46) é ótimo opção individual, assim como o picadinho de cabrito com arroz de brócolis e palha de aipim (R$55), enquanto a moqueca de frutos do mar (R$189) serve bem duas pessoas. Dica: às sextas tem uma feijoada (R$58) que é o pontapé perfeito para o fim de semana. Não saia de lá sem beber um Jorge Amado (R$28), drinque de maracujá, limão e cachaça Gabriela.

  • Vegetariano

Vamos desmistificar a alta gastronomia vegana? Formada no Natural Gourmet Institute, em Nova York, a premiada chef Tati Lund cozinhou mundo afora levando requinte a este tipo de cozinha. O restaurante, um dos melhores do Rio, é tão colorido quanto os pratos que por lá são oferecidos, sempre com ingredientes de pequenos produtores. Há opções fixas, como o Bowl Mediterrâneo (R$54), com polenta cremosa, molho de tomate, legumes assados, queijo de castanha, óleo de ervas de lascas de amêndoas, ou a Salada da Tati (R$54), com beterrabas assadas, folhas frescas, nozes adocicadas, boursin vegano e vinagrete de balsâmico com melado. O prato do dia (R$68) vem acompanhado por sopa ou salada, como a lasanha de berinjela com cuscuz de canjiquinha às quintas. Na parte das sobremesas, a Surra de Prazer (R$35), feita com biscoitinho de castanhas, caramelo vegano, calda de chocolate e toque de café, é um desbunde.

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  • Brasileiro

Egressa do saudoso Siri Mole, a baiana Isis Rangel levou suas queridas receitas para um aconchegante sobrado no Jardim Botânico, onde agora trabalha com a filha Erika. A porção de acarajé (R$66, com quatro unidades pequenas) é a entrada mais pedida, para forrar o estômago antes de pedidas como a moqueca de peixe (R$105) ou o mignon na manteiga de garrafa (R$89). Na dúvida, opte pela degustação baiana (R$182), com vatapá, caruru, acarajé, bobó de camarão e casquinha de siri. Os clientes são recebidos por uma gigantesca imagem de Iemanjá no segundo andar, à vista pelo lado de fora. O teto também é envidraçado, aberto para o céu, o que confere uma atmosfera gostosa para as refeições. As caipirinhas de frutas variam entre R$33 e R$38, e a visita não fica completa sem a cocada de forno (R$27), com calda de abacaxi assado. 

  • Frutos do mar

Responsável pelo Jojö, charmoso bistrô no Horto, a chef Joana Carvalho sempre sonhou com um restaurante que tivesse seu grande amor, o mar, como protagonista. Tanto que a casa aberta no Baixo Gávea tem o formato de um barco – daí o nome – e consegue trazer uma calmaria litorânea para o meio do burburinho. Noronha, México, Indonésia, Arraial do Cabo e Búzios são os lugares que inspiram os sabores do cardápio. Dá para começar com o famoso Fish and Chips (R$59), com a panelinha de siri (R$65), com os pastéis de camarão (R$45, com três unidades) ou com a panelinha de frutos do mar (R$63). Seguindo, o polvo com batatas rústicas (R$89), o risoto de cavaquinha (R$87) e o atum semi-grelhado (R$79) são ótimos principais. A carta de bebidas conta com drinques como o Perfect Manhattan (R$34), com bourbon, vermute rosso, vermute seco, angostura e cereja, além de espumantes e champagne.

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  • Churrasco

A Maria do nome é a mesma da rua onde o restaurante está localizado, Maria Quitéria, primeira mulher a fazer parte do exército nacional. A casa de carnes aberta em 2017 agora tem cardápio da chef Vanessa Rocha, que priorizou ingredientes nacionais para os inventivos pratos. Assim, entraram em cena delícias como o pastel de barreado paranaense (R$39, com quatro unidades), feito com carne de peito ou músculo, e o macarrão de inspiração sul-mato-grossense (R$57), com cogumelos, charque de banana-da-terra e laranja. Como não poderia faltar uma homenagem ao Rio, há no menu o Oswaldo (Quase) Aranha (R$79), com alho, arroz, farofa e fritas. E, claro, não poderiam faltar os cortes especiais: são mais de dez, como os corações de pato (R$54, com 360g), a barriga de pirarucu de manejo sustentável (R$89, com 400g) e a canela de boi (R$199, com 1,8kg), a serem combinados com opções como o arroz de coco e limão (R$44), a farofa com bacon e cebolas (R$35) e o purê queijudo trufado (R$46). Para beber, diversos rótulos de cachaça de oito fábricas fluminenses, além de drinques autorais, como o Tropicalize (R$34), com bourbon, cordial de maracujá e mel de engenho, limão e Campari.

  • Brasileiro

A embaixada do Pará fica no bairro do Riachuelo, na Zona Norte do Rio. Um domingo por mês, a rua Vítor Meireles vira uma grande festa, com cantores regionais de carimbó que botam para rodar as saias das moças dançantes. A dica é chegar cedo, logo que abre, às 11.00, para pegar um bom lugar e desfrutar tudo que há de melhor no cardápio assinado pela cozinheira Adriana Veloso junto ao marido Júnior (conhecido como Seu Zé), responsável pelo braseiro. Dentre as opções, muito jambu, chicória e pimenta de cheiro, claro, além de pratos típicos como açaí com farinha (R$35,90), maniçoba (R$39,90) e tacacá (R$35,90). Anote aí: em data divulgada com antecedência pelas redes sociais, a casa promove um café da manhã regional em buffet livre, com tapioca, cuscuz, bolos e tortas (R$64,90), das 8.00 às 11.00.

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Foi Verena Maciel, dona do restaurante e chefe de operações, quem escolheu cada detalhe do espaço. Com mobiliário de madeira e plantas pendentes do teto de iluminação baixa, ele dá vista para as pistas de corrida do Jockey Club, com a moldura da Pedra da Gávea, o Morro Dois Irmãos e o Cristo Redentor. O cardápio do chef Marcones Deus serve de tudo um pouco: vai de cortes premium feitos na parrilla (o Denver Steak e o Bombom de Picanha custam R$179) até um menu japonês, passando por pizzas com massa de fermentação natural (R$54-R$69) e pratos de inspiração brasileira. Chama atenção o camarão em crosta de tapioca ao molho de maracujá e arroz cremoso com queijo coalho (R$144). Os fondues (R$198-R$239) servem duas pessoas. Um dos quatro espaços da casa, o Garden, na varanda lateral, é perfeito para encontros românticos. 

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