Coisas grátis para fazer no Rio de Janeiro

No coração do Rio, a tradicional biblioteca é reconhecida como uma das mais belas do mundo e guarda mais de 350.000 volumes, entre raridades e manuscritos. Da imponente fachada ao salão de leitura, impossível não se impressionar com os detalhes do edifício, que está de portas abertas ao público em dias úteis, de 10.00 às 17.00. Prepare-se para se sentir dentro de um dos filmes de Harry Potter, com uma infinidade de prateleiras a se perder de vista. 

O Instituto Pretos Novos promove o Circuito de Herança Africana, com um roteiro que parte do Largo de São Francisco da Prainha, passa por pontos como Pedra do Sal, Mirante do Morro da Conceição, Jardim Suspenso do Valongo e Espaço Cultural Casa da Tia Ciata, até encerrar no Cemitério dos Pretos Novos. O percurso dura em média duas horas e ensina demais sobre a importância desta região para o desenvolvimento do Rio. Os grupos devem ter entre 10 e 40 pessoas, e tudo é agendado pelo e-mail circuito@pretosnovos.com.br.

Todo sábado, a Rua do Lavradio é tomada por mais de 200 expositores, que vendem antiguidades em diversas barraquinhas. Mesmo que você não queira gastar em comprinhas, o endereço já vale pelo passeio histórico, afinal trata-se da primeira rua residencial do Rio. Além disso, a cada esquina há uma atração cultural diferente, com apresentações de MPB, rock, chorinho e muito mais.

Enquanto o CCBB e o CRAB têm entrada gratuita todos os dias, oferecendo mostras de altíssima qualidade, o Museu do Amanhã tem gratuidade às terças-feiras, quando uma média de 6000 pessoas visita o espaço. Com mais de 30 mil metros quadrados, a instituição é a primeira do mundo a pensar o futuro, imaginando cenários possíveis para os próximos 50 anos. Já a Casa Roberto Marinho tem visitação grátis às quartas. 

Hoje rebatizada como Parque Glória Maria, a construção foi casa da grande mecenas da Belle Époque carioca, Laurinda Santos Lobo, herança de seu tio, o ministro Joaquim Murtinho Nobre. Lá, ela reunia intelectuais e artistas em festanças e saraus. Após sua morte, o local ficou abandonado e sobraram as ruínas, transformadas em um centro cultural com teatro, sala de exposição e uma área externa com uma belíssima vista da cidade. A agenda costuma ser intensa, com muitos shows e feiras. 

Com as altas temperaturas e as praias lotadas, as cachoeiras se tornam boas alternativas para espantar o calor na cidade. A dica é chegar cedo, antes da agitação, e aproveitar essa que é uma das mais famosas queda d'água na Floresta da Tijuca. O acesso é por uma trilha, de cerca de 20 minutos, e passa pela Cachoeira do Quebra e a Cachoeira do Chuveiro (chamada de Cachoeira do Horto).

Prepare uma cesta com lanchinhos gostosos e deixe gelar uma garrafa de vinho branco. O cenário, a gente indica: que tal se refastelar sobre um gramado extenso, perto de um laguinho onde brincam patos, marrecos e cisnes? O jardim do Parque Guinle é convidativo para este passeio, excelente para famílias com crianças pequenas, que ainda podem aproveitar um parquinho muito bem conservado por lá. 

Aos sábados, o tradicional Armazém Senado coloca uma roda de samba raiz para tocar, enquanto o público se espalha pela rua com copos de cerveja na mão. Se o próprio bar estiver lotado, há várias e excelentes opções no entorno, como o Labuta Bar e o Brasileiro Labuta, ambos com cadeiras de praia pela calçada e um cardápio cheio de coisas gostosas.

O entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas tem quase 8km de extensão, sendo uma pista perfeita para caminhadas e corridas. O melhor é que há vários quiosques e bares por lá, com refrescos e drinques geladinhos de recompensa ao final da prática esportiva. Outra boa pedida é andar de bicicleta, com belíssimas paisagens de cenário. 

Em 1996, Michael Jackson subiu o Morro Santa Marta para gravar o clipe "They Don’t Care About Us” e o fuzuê foi tão inesquecível que, um ano depois de sua morte, uma estátua em bronze do Rei do Pop foi colocada no local. Lá de cima, a vista confere uma visão em 360º para a cidade, com todos os seus cartões-postais. Outro mirante que vale a visita fica no Pasmado, ali próximo, no Parque Yitzhak Rabin, onde também é possível visitar o recém-inaugurado Memorial às Vítimas do Holocausto no Rio de Janeiro.

De um lado, o mar; do outro, o verde Mata Atlântica. Ideal para caminhadas (e exclusiva para pedestres), a pista por vezes revela animais silvestres, como saguis e pássaros. Ela tem 1,25km de extensão e, caso você seja mais aventureiro, é entrada para a famosa trilha do Morro da Urca. Ao final, não deixe de dar um mergulho na Praia Vermelha.

A Cinemateca do MAM é a segunda mais antiga do país, com um dos mais relevantes arquivos audiovisuais da América Latina. A programação dos filmes é vasta e passa por uma cuidadosa curadoria, trazendo clássicos e raridades. A instituição pede uma contribuição solidária de R$20, mas há como pegar ingressos gratuitos (ou fazer uma doação ainda maior, vai de cada um). 

Parte do programa de revitalização do bairro, foi inaugurado o  parcão da Praça Nossa Senhora da Glória, no trecho entre a Avenida Augusto Severo e a Rua do Russel. Além de brinquedos como rampas e túneis, o espaço ganhou piso intertravado ao redor a fim de facilitar a circulação. Há grades no entorno, então pode soltar o seu amigo da coleira e deixar ele gastar energia, enquanto você aproveita a área de convivência, com mesas e cadeiras, para socializar com outros tutores. Ou não. 

Também conhecida como Praça São Perpétuo, a Praça do Ó é um dos principais pontos de prática de skate no bairro da Barra da Tijuca. A pista, inaugurada em 2018, é palco para etapas de torneios nacionais e internacionais do esporte. Aos domingos, conta com uma feirinha de artesanatos, enquanto às terças tem um mercado voltado para produtos orgânicos. 

Dentro do Mosteiro de São Bento, a igreja impressiona por sua beleza arquitetônica, desde o portão em ferro aos vitrais coloridos e obras de arte sacra espalhadas por todo lado. Aos domingos, sempre às 10.00, tem a missa Tridentina, em latim e português, acompanhada por cantos gregorianos. 

A Praça, em Laranjeiras, tem um parquinho infantil em frente ao prédio dos Bombeiros e, do outro lado, um coreto onde vez ou outra uma trupe animada faz música ao vivo. Às sextas, é dia de forró, e o espaço fica lotado por duplas que mostram todo o seu gingado ali pelo entorno. Se a sua onda não for dançar, dá para sentar no chafariz desativado e curtir uma cerveja vendida pelos ambulantes com os amigos ou jantar em um dos vários bares ao redor.

Depois de revitalizada, a Zona Portuária virou uma gigantesca galeria de arte a céu aberto, com o maior grafite já feito no mundo: o Etnias, pintado por Eduardo Kobras, com mais de 3000 metros quadrados. Mas não só. No entorno, há uma arte de Rita Wainer, além de uma sequência de painéis que formam um corredor artístico na Orla Conde. RafaMon e Acme são alguns dos autores.