San Omakase
Reprodução/InstagramSan Omakase
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Os restaurantes com estrela Michelin no Rio de Janeiro

Com a chegada do San Omakase em 2024, são seis endereços da Cidade Maravilhosa na prestigiada lista

Renata Magalhães
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Era alta a expectativa para o anúncio dos restaurantes premiados no Rio de Janeiro, afinal, fazia quatro anos desde a última edição na cidade. A noite de regresso ocorreu no Copacabana Palace e garantiu duas novas estrelas para endereços cariocas: comandado pelo chef André Kawai, San Omakase fez sua estreia e ganhou a primeira, enquanto o Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, conquistou a segunda. Na cerimônia apresentada pela atriz Guilhermina Guinle e o francês Gwendal Poullenec, diretor internacional da organização, todos os outros estabelecimentos anteriormente premiados conseguiram manter as estrelas. Oro, de Felipe Bronze, e Oteque, de Alberto Landgraf, preservaram suas duas; e Cipriani e Mee seguraram uma. No total, temos seis restaurantes e nove estrelas Michelin no Rio. 

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Duas estrelas Michelin

Em 2015, depois de apenas um ano com as portas abertas, o restaurante de Rafa Costa e Silva ganhou uma estrela Michelin. Hoje está em um novo endereço, ainda mais exclusivo, com funcionamento para um seleto grupo (normalmente são menos de dez pessoas por noite) e já ostenta a segunda. O local é palco para experimentações modernas com insumos brasileiros, cultivados pelo chef em hortas no Itanhangá e no Vale das Videiras, na Região Serrana, ou adquiridos de pequenos produtores do estado. Os comensais se acomodam em um balcão com vista para a cozinha, onde uma afiada equipe coreografa a produção de menus-degustação de doze a catorze tempos. Seguindo uma tendência mundial, o protagonismo dos pratos está em legumes e verduras, sem dispensar o uso dos produtos mais frescos do mar e as melhores carnes. O cardápio muda todos os dias e segue critérios de sazonalidade dos ingredientes. Funciona apenas com reservas.

Neste premiado restaurante, construído em um antigo casarão de 1938, o chef Alberto Landgraf abusa da criatividade no desenvolvimento dos pratos que compõem o menu degustação (R$845). São oito criações que mudam sazonalmente, de acordo com a disponibilidade dos ingredientes, sempre focadas em peixes, frutos do mar e vegetais. Do balcão, é possível acompanhar o show orquestrado na elegante cozinha aberta, que rendeu à casa duas estrelas Michelin, além do 76º lugar no The World’s 50 Best Restaurants 2023 e 12º no Latin America 50 Best Restaurants 2022. A harmonização varia de R$675 a R$795 (premium), mas é possível optar por garrafas ou taças dos mais de 400 rótulos selecionados pelo sommelier Leonardo Silveira.

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A brasa é a protagonista na preparação dos dois menus oferecidos pela casa do premiado e inventivo Felipe Bronze: o Afetividade (R$590) traz 11 snacks, dois pratos e uma sobremesa, enquanto o Criatividade (R$690) vem com mais dois principais. A proposta de trazer as raízes brasileiras para a gastronomia de vanguarda deu tão certo que o local ostenta duas estrelas Michelin, fazendo deste um dos melhores restaurantes no Rio. Dentre as opções na primeira etapa, chamada "com as mãos", tem ostras com jabuticaba e shissô roxo, carabineiro e limão caviar, casquinha de siri e até canja de galinha. Já na parte "com talheres", cordeiro, porco e black cod são os destaques. Há possibilidade de fazer harmonização (R$290-R$370) com os vinhos escolhidos pela argentina Cecilia Aldaz, esposa do chef.

Uma estrela Michelin

  • Japonês

Neste negócio idealizado pelos sócios Luis Mattos e o restaurateur Martin Vidal, após uma viagem pelo Japão, o chef André Kawai dá um passo além na imersão gastronômica - tanto é que acaba de receber uma prestigiada estrela Michelin. Em um balcão para seletos oito comensais, ele ofecere duas experiências Omakase de alto requinte: o Matsu Seto (R$480), às quintas e sábados; e o Tokubetsu Seto (R$670), às sextas. Ambo contam com 17 etapas compostas por criações diárias de acordo com os pescados daquela madrugada.

  • Italiano

Quando assumiu a operação do mais requintado restaurante do Copacabana Palace, Nello Cassese, diretor de culinária de todas as propriedades Belmond na América do Sul, conseguiu reavivar um brilho de outros tempos. Seu conhecimento técnico, junto a uma visão carregada de criatividade e ousadia, provê uma viagem de norte a sul pela Itália, explorando os melhores produtos da estação e os sabores de cada região. A casa, que sustenta uma estrela Michelin, trabalha apenas com dois menus degustação sob reserva. Um traz pratos que marcaram o caminho de sucesso percorrido pelo cozinheiro nestes quase dez anos (R$475), enquanto o outro aborda regiões da Itália (R$ 595). Estão lá o carpaccio de Wagyu, o bacalhau em lâminas de abobrinha e o ovo com creme de queijo maturado por 36 meses. Há ainda uma versão vegana (R$495), com foco em legumes orgânicos, que mantém toda a sofisticação. O fantástico salão com espelhos e lustres italianos, dá vista para a emblemática piscina do hotel, mas a experiência Mesa do Chef leva à uma imersão dentro da cozinha, para seletas seis pessoas.

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  • Asiático contemporâneo

Depois que chegou ao estrelado restaurante à beira da piscina do Copacabana Palace, o chef Alberto Morisawa (mais conhecido como Mori) deu uma revolucionada no cardápio. Agora, os comensais podem escolher entre duas opções de experiências Omakase, uma com 16 (R$535) e outra com 19 passos (R$635). Há opção de harmonização com sakes selecionados, por um adicional de R$550. Já o novo menu degustação, em versão tradicional (R$480) ou vegetariana (R$415), inclui Bluefin Tartar, atum bluefin, gema curada, ovas de tobiko e pimenta sriracha, além do Wagyu Sukiyaki, com carne wagyu, espinafre, tofu, cogumelo, cenoura e macarrão udon. Para fechar, uma novidade: sorvete de sake com nozes caramelizadas. Aqui, a harmonização custa R$450. Na seara à la carte, destaque para o Ebi Tempura (R$125), de camarão com molho tentsuyu, e o Red Curry Veg (R$110), curry vermelho, tofu frito, leite de coco, legumes e arroz gohan.

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