Um banner branco com desenho do Armazém Senado em preto diz "100 anos de tradição"
Alexandre Macieira/RioturUm dos bares mais antigos do Brasil, Armazém Senado foi inaugurado em 1907
Alexandre Macieira/Riotur

Os bares e restaurantes históricos do Rio de Janeiro

São décadas – às vezes séculos – em funcionamento, oferecendo clássicos que não saem de moda nunca.

Renata Magalhães
Publicidade

A história destes heróis da resistência se mistura com a do Rio de Janeiro, acompanhando as transformações da cidade sem perder o caráter tradicional que atrai há anos uma clientela fiel. Enquanto alguns frequentadores estão em busca de nostalgia, outros elegeram os points para encontros que atravessam décadas – sempre regados a chopes bem tirados e trincando de gelados. Para beliscar, algumas receitas são tratadas como segredo de estado e criaram uma fama que transcende o endereço. Eis a lista dos nossos bares e restaurantes históricos, um roteiro para quem quer conhecer a fundo a essência local. 

Recomendado: Os melhores livros sobre o Rio de Janeiro

Os bares e restaurantes históricos do Rio de Janeiro

  • Bares

Um dos bares mais antigos do Brasil, inaugurado no Centro em 1907, o espaço hoje é um dos botequins mais clássicos da cidade: nas prateleiras, arroz, feijão, materiais de limpeza, camisetas e sandálias mostram que ali já funcionou uma daquelas clássicas mercearias de secos e molhados.

O cardápio conta com empadinhas de massa podre, nos sabores frango, palmito e camarão (R$5), além de porções de salaminho (R$25) e tremoços (R$25), que vão muito bem com as cervejas de casco. Todo sábado tem rodas de samba que lotam a rua, onde vez ou outra também são realizados eventos.

  • Brasileiro

Aberta há mais de 100 anos, a casa no Centro mantém decoração e serviço intocados, funcionando como um armazém de secos e molhados. Bebidas, enlatados e conservas continuam à venda, mas o local é conhecido por seus sanduíches (R$14-R$20) e omeletes (R$26-R$35) caprichados, que valem como uma refeição. São mais de quinze sabores disponíveis de cada, com destaque para o Triplo, no pão francês, com ovo, presunto e queijo, e para a omelete de bacalhau com camarão. Mas por lá funciona assim: o que o cliente quiser pedir de ingrediente, eles colocam no prato.

Publicidade
  • Alemão

Com medo de que os brasileiros não soubessem pronunciar seu sobrenome, o alemão Holf Pfeffer decidiu traduzi-lo para "pimenta". Ele inaugurou a casa em Santa Teresa no ano de 1984 e, depois de sua morte, um cliente assumiu a operação, mantendo intacta a qualidade. Vale começar pelo croquete de carne (R$22, com duas unidades) e o bolo de carne (R$46), antes de mergulhar em pratos típicos como o Kassler (R$98), um carré de porco defumado, e o Schnitzel (R$115), um filé mignon à milanesa - ambos para duas pessoas. Se ficar em dúvida, o combo alemão (R$225), cozido ou grelhado, mistura várias carnes. Aos sábados e domingos, tem feijoada alemã (R$99). O chope Brahma (R$8) é um excelente acompanhamento. 

  • Confeitarias

Palco de banquetes célebres, a Confeitaria Colombo tem sua história misturada com o desenvolvimento do Centro do Rio. Fundada em 1894, tornou-se parada obrigatória para quem visita a cidade, com seus encantadores salões em estilo art nouveau que promovem uma viagem para a Belle Époque. Nada combina mais do que uma mesa farta, seja no café da manhã ou no lanche da tarde. Na dúvida, opte por um dos combos, como o Chá Rio Antigo (R$110, para duas pessoas) ou o Dona Carmem (R$67,30). Mas são muitas as possibilidades no cardápio e eis aqui alguns destaques: a Torrada Petrópolis (R$26,50), o Misto Quente Colombo (R$26), o Waffle Pão de Açúcar (R$48,50), com creme de avelã, sorvete de creme e chantilly, o folhado de queijo (R$12,30) e o pastel de Belém (R$13,90). Peça um dos drinques de café, como o Chocognac (R$20,90), com brandy, ou o Barista (R$18,90), com baileys. Além do casarão histórico no Centro, a confeitaria também tem filial em Ipanema, no CCBB e no Forte de Copacabana, onde a refeição vem acompanhada por uma vista incrível.

Publicidade

Aos finais de semana, especialmente aos domingos, o Armazém São Thiago vira destino para uma trupe jovem e descolada que ocupa as calçadas de Santa Teresa com um copo de cerveja (R$13-R$19,50) na mão. Conhecido como "Bar do Gomez" pelos íntimos, o estabelecimento aberto em 1919 guarda ares de outros tempos, com mobiliário e utensílios da época da fundação. Para petiscar, boas pedidas são a Cenourinha de Porco (R$61,50, com nove unidades) e a Trouxinha do Mar (R$61,50, com doze unidades), de camarão e polvo, ambas com massa de pastel frita e bem sequinha. O bolinho de batata doce com carne seca e gorgonzola (R$13,50) e o de feijoada espanhola (R$13,50) também fazem sucesso. 

  • Frutos do mar

Na esquina da Barata Ribeiro com a Xavier da Silveira, em Copacabana, em um ambiente para lá de informal, um restaurante de frutos do mar é point pós-praia desde a sua abertura em 1982. O cardápio conta com pratos muito bem servidos, a exemplo do filé de cherne ao molho de camarão (R$249, para duas pessoas), do Bacalhau à Moda (R$275, para duas pessoas) e da Moqueca da Casa, servida com farofa, arroz e pirão (R$430, para três pessoas). Se a ideia é só petiscar enquanto toma um chope gelado (R$10), não dá para sair sem experimentar a premiada empada de camarão (R$8), que desmancha na boca. A casquinha de siri (R$41), as patinhas de caranguejo (R$62, com 12 unidades) e os acepipes vendidos a peso, como o polvo a vinagrete (R$46, 100 gramas), são outros sucessos de venda.

Publicidade
  • Churrasco

Ainda que tenha caído na boca do povo nos últimos tempos por conta de dramalhões de celebridades ("Chico, se tu me quiseres..."), quem entende o mínimo sobre gastronomia carioca já conhece bem o Galeto Sat's. O primeiro endereço em Copacabana, fundado em 1962 pelos espanhóis Garcia e Rivera, virou destino certo para quem busca uma saideira de respeito, com chope (R$9,20) sempre gelado e delícias que não param de sair da churrasqueira. Tanto que o sucesso rendeu frutos e hoje uma filial em Botafogo e outra, mais recente, na Barra da Tijuca. O pão de alho (R$13) e a porção de coração de galinha (R$52) são obrigatórios e podem vir combinados num sanduíche com queijo coalho (R$37) que também é sucesso. Outros excelentes aperitivos são o filé mignon (R$78), a barriga de porco na brasa (R$52) e o frango à passarinho (R$47). Se a fome for grande, o famoso galeto completo (R$86) deve ser a sua escolha, com arroz, farofa, fritas e molho a campanha. O menu ainda conta com várias na brasa e pratos com frutos do mar.

  • Churrasco

A casa foi fundada no Flamengo em 1961 pelos irmãos Francisco e Bartolomeu Bou, nascidos na ilha de Mallorca, local serviu de inspiração para o nome. O cardápio traz pratos da cozinha mediterrânea, mas é reconhecido pelo churrasco a la carte. Da brasa, saem cortes ao sal grosso como o Triângulo de Ponta de Picanha Aberta (R$196), a maminha de alcatra (R$202), o French Rack de cordeiro (R$259) e o Brochette de filé mignon (R$156). Então é só acompanhar com as diversas guarnições, que incluem farofa de ovos ou banana (R$32,60), spaghetti na manteiga (R$46,20) e arroz à piamontese (R$52). Não deixe de pedir a Batata Souffle (R$41), que vem estufadinha, um clássico da casa. Também vale apostar na linguiça (R$9,90), servida no espeto pelos garçons. Para encerrar, o carro-chefe das sobremesas é o profiterolis (R$42).

Publicidade
  • Português

As receitas vindas da região do Rio Douro, no norte de Portugal, foram aos poucos se abrasileirando e ganhando personalidade própria. A casa fica bem pertinho da estação de metrô de Vicente de Carvalho e foi fundada há quase seis décadas pelo português Seu Monteiro. Atualmente é gerida pela terceira geração da família, no melhor estilo clássico de restaurante do subúrbio. O bacalhau é a grande estrela do cardápio, servido à moda da casa: com o peixe frito, acompanhado por batatas cozidas ou coradas, tomate, palmito, cebola e azeitona. O prato completo sai por R$340 e serve até cinco pessoas. O bolinho de bacalhau (R$8) abre os trabalhos. 

Inaugurado em 1957 por portugueses da Ilha da Madeira, o pequeno pé-sujo em frente ao Shopping dos Antiquários, em Copacabana, foi reduto de ilustres como os sambistas Nelson Cavaquinho e João Nogueira. Durante todas essas décadas, fez sucesso com a diversidade de acepipes oferecidos no balcão de vidro do salão. É bem verdade que nos idos 2010 ficou mal das pernas, depois da morte do último sócio-fundador, mas logo foi adquirido por um grupo de clientes e virou Patrimônio Cultural Carioca. Dá para passar horas experimentando e compartilhando alguns dos mais de 50 petiscos, de clássicos como as sardinhas em escabeche (R$9, a unidade), a conserva de alho (R$36) e o provolone à milanesa (R$58) até escolhas mais sofisticadas, como as pérolas do mar, que vem com vieiras, camarão, polvo e mexilhão (R$48). Quem preferir, pode optar por um prato, a exemplo da truta frita com batata, arroz e feijão (R$76). Para ajudar a descer, o chope Brahma custa R$10, e ainda há uma boa variedade de cervejas de garrafa, além de vinhos de rótulos sortidos.

Publicidade
  • Alemão

Fundada em 1913 pelo alemão Edmund Urich, a tradicional casa no Centro já passou por várias administrações até resgatar o cardápio que investe em pratos típicos e cozinha internacional. De gravata borboleta, os garçons circulam pelo salão com paredes de azulejos originais carregando sucessos de venda. Impossível não começar pelas salsichinhas alemãs mistas (R$42), antes de mergulhar em pratos como o Schnitzel (R$45), lombo de porco moído à milanesa com maionese de batata, ovo e crispy de bacon. Tem também Kassler defumado à mineira, com tutu, arroz e couve (R$65) e o Cachorrão Alemão (R$45), que vem com salsichão de vitela e salsichão vermelho. O menu ainda oferece pratos de carne e peixe, além de cervejas alemãs, como a Paulaner Hefe-Weissbier (R$38). Para encerrar, o Apfelstrudel (R$25, com creme) é uma ótima pedida. 

Na Urca, um endereço reúne uma horda de pessoas que se aboletam no salão ou levam petiscos e biricuticos para a mureta do outro lado da rua. Fundado em 1939, o Bar e Restaurante Urca é reconhecido não só pela vista para a Baía de Guanabara, mas pela qualidade do atendimento e do menu, levando o título de Patrimônio Cultural Carioca em 2012. A empada de camarão ou de siri (R$14), o bolinho de bacalhau com queijo da Serra da Estrela e linguiça portuguesa (R$14) e a sardinha frita (R$9) são ótimas pedidas para acompanhar o chope Brahma (R$10) ou as cervejas de casco (R$17-R$21). O restaurante, que funciona de 11.30 às 23.00, serve ainda executivos, como o filé de peixe com arroz de brócolis (R$68) e o frango à parmegiana com fritas e arroz (R$54), além de pratos para três pessoas, incluindo o polvo grelhado (R$300) e o bobó de camarão (R$196). O cardápio de sobremesas tem uma parte dedicada aos doces portugueses, com ovos-moles (R$24) e pastel de nata (R$18).

Publicidade

Com mais de 70 anos de história, este estabelecimento em Benfica foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro. O chope (R$8,20) é destaque da casa, mas fica o aviso: não é servido sem colarinho. A ideia é começar pelas "besteirinhas portuguesas", como o bolinho de bacalhau (R$7,90), as sardinhas ao forno (R$32) e as alheiras fritas (R$55). Há ainda petiscos como o jiló à milanesa (R$29) e a costelinha suína à passarinho (R$60). Dentre os principais, o destaque fica com o Maladrinho de 70 (R$230, para quatro pessoas), que celebra a trajetória do bar, com arroz, polvo, bacalhau fresco e camarão. Fazem sucesso também o Polvo à Lagreira (R$230, para duas pessoas) e a feijoada de frutos do mar (R$185, para duas pessoas). A cada semana é lançado um cardápio especial, com um prato por dia, por um preço bem em conta. 

No bairro mais boêmio do Rio, o Nova Capela abriu suas portas em 1903 e o que não falta é história. Viveu dias de glória, mudou de endereço dentro da Lapa, ficando raízes há mais de 50 anos no mesmo ponto da rua Mem de Sá, sobreviveu a um incêndio e foi resgatado de um possível fechamento pelo empreendedor Antônio Rodrigues, dono do Grupo Belmonte. Ufa. Com o toque de midas do cearense, recuperou o fôlego e voltou a ficar cheio de gente atrás do famoso cabrito assado guarnecido de arroz de brócolis e batatas coradas (R$175, para duas pessoas). A carne também recheia o pastel (R$12) e o croquete (R$15), ótimos para forrar o estômago junto com o bolinho de bacalhau (R$12,90). Já o Chorizo à Oswaldo Aranha (R$49) é um prato individual que faz sucesso. Tudo desce ainda melhor com o chope Brahma bem gelado, que sai por R$11. 

Publicidade

Tudo começou em 1955, com as barraquinhas que vendiam o delicioso angu feito pelo português Manuel Gomes em vários pontos da cidade. Quando seu filho João assumiu o negócio, trouxe novos sócios e abriu as portas de um restaurante no Largo de São Francisco da Prainha, em 1977. Depois de um tempo fechado por problemas financeiros, o estabelecimento deu a volta por cima e reabriu no mesmo local, em outro número, onde permanece até hoje. É claro que o angu (R$33,90) é o carro-chefe, em vários sabores - miúdos de boi, carne moída, frango ou calabresa são alguns deles. O protagonista também abastece um bolinho com rabada e gorgonzola (R$10,90), boa pedida como entrada, junto com o de feijoada (R$10,90). Outros pratos que saem bastante são o Churrasco Família e a Picanha do Gomes, ambos por R$204 (para quatro pessoas), guarnecidos por arroz de brócolis, batata frita, farofa de ovos e molho a campanha. Para beber, o chope Brahma custa R$8,90, e a casa também oferece caipirinhas de vários sabores à base de cachaça mineira (R$22).

  • Alemão

O "alemão da Lapa" conta com mais de um centenário de tradição, fazendo a alegria da clientela em um sobrado desde 1907. Na época, chamava-se Bar Zeppelin, mas ficou conhecido como Germânico (e mudou para o nome atual durante a Segunda Guerra). Vale começar pelo croquete (R$9,90) ou o currywurst (R$ 46), que vem com duas salsichas de vitela e batata frita ao molho de especiarias. O joelho de porco (R$131, para duas pessoas) é um prato bem famoso, junto com clássicos como o filé à Oswaldo Aranha (R$169, para duas pessoas). A casa conta com uma carta de drinques, mas o carro-chefe ainda é o chope Brahma (R$9,50).

Publicidade
  • Português

Fruto do sonho de quatro amigos imigrantes – Manuel Barcia Riveiro, Francisco Iglesias Alonso, Zeferino Riveiro e De Franco Mário Rafaelle –, o restaurante foi inaugurado em 1964 em São Cristóvão. Fez sucesso por décadas com pratos clássicos da culinária portuguesa até que expandiu horizontes e abriu uma filial na Barra da Tijuca, em 2005. As famosas pataniscas (R$74) elevam a expectativa para os pratos, em porções muito bem servidas. O bacalhau é estrela de quase 50 receitas, incluindo à Dore (R$102), Gomes de Sá (R$102), à Serra da Estrela (R$184) e à Zé do Pipo (R$168), uma das mais pedidas, com maionese e purê de batata. Como nem só de frutos do mar vivem os lusitanos, há também carnes como pato, cordeiro, frango, suínos e bovinos. O Arroz de Costelinhas (R$52) é um sucesso.   

Aberto em 1874, o Café Lamas é o estabelecimento mais antigo do Rio em atividade ininterrupta – só baixou as portas durante a Revolta da Vacina, em 1904, e no dia do suicídio de Getúlio Vargas, cinquenta anos depois. Em 1974, mudou de endereço por conta das obras do metrô, e segue até hoje na Marquês de Abrantes, no Flamengo, onde é possível cruzar na calçada com grupos de amigos que sempre se encontram para virar um copo. A tulipa de chope custa R$13, e há uma boa variedade de aperitivos, licores e wiskies, que vão muito bem com petiscos como a isca de peixe à dorê (R$115), o frango à passarinho (R$70) e o provolone à milanesa (R$62). Seguindo o balcão por um corredor de teto rebaixado, o salão de mesas com toalhas brancas é ideal para refeições mais fartas, incluindo a Picanha Especial com Guarnição (218), o estrogonofe de camarões (R$140) e o Polvo à Espanhola (R$280). Bem conceituado também é o filé mignon, presente em mais de 20 receitas. O espaço ainda serve café da manhã.

Publicidade
  • Frutos do mar

O restaurante administrado só por mulheres na Tijuca funciona desde 1957, mas não cansa de se repaginar. Nos últimos tempos, vem promovendo um circuito cultural, com atrações musicais e espetáculos de teatro, música e poesia. Enquanto isso, dá para mandar ver em pratos como o risoto de camarão (R$197) – em uma receita que não muda desde a abertura da casa –, a feijoada de frutos do mar (R$199) e a paella (R$259), super completa, com camarão, polvo, lula, peixe e mexilhão, que serve fácil cinco pessoas. Para abrir o apetite, as empadinhas dão conta, em sabores diferentões, tipo linguiça calabresa (R$9,40) e costela com agrião (R$8,90). Há ainda pratos individuais com frango e carne. Na ala dos drinques autorais, o Sol de Paraty (R$20) vem com cachaça, groselha e suco de laranja.

O botequim da Tijuca não foi batizado a toa. Foi de um Rei Momo que Antônio Lopes dos Santos, o Tonhão, adquiriu o espaço, aberto nos idos de 1972. Com a sua famosa feijoada de sexta, começou a fama, que se intensificou quando seu filho Toninho assumiu as panelas e criou clássicos que chamam multidões. Se quiser mesmo conhecer o Bar do Momo, precisa provar o bolinho de arroz (R$9), com três tipos de queijo e linguiça calabresa, um fenômeno. Os pastéis (R$8-R$10), a porção de mini coxinha de rabada (R$35, com seis unidades) e o Farol de Milha (R$42), com carne assada recheada de linguiça, molho especial, queijo derretido e ovo, são outros ótimos petiscos. Para ajudar a descer, dá para pedir drinques clássicos ou ficar na cerveja de garrafa, tipo a Ramal 33 (R$18), mas é imprescindível experimentar a batidinha de coco ou de maracujá (R$10).

Publicidade
  • Português

Mais um dos poucos restaurantes centenários do Rio, o Aurora tem toda a sua trajetória escrita na mesma esquina das ruas Capitão Salomão e Visconde de Caravelas, no Humaitá. Ainda que tenha passado por uma grande reforma em 2016, guarda o clima de antiguinho com paredes de azulejo, um enorme lustre e piso de ladrilhos. A tradição também é mantida no menu, que promove um encontro entre Brasil e Portugal. O bolinho de bacalhau (R$48, com seis unidades) é receita de família e vende muito bem junto com o gurjão de peixe (R$52). Dos pratos com sotaque lusitano, destaque para a Costela de Porco à Bairrada (R$105), servida com arroz, fritas, salada e laranja, e para a Cotovelada de Camarão (R$110), com massa caracolino refogada no caldo de crustáceos. O chope Brahma (R$9) não para de sair do balcão, mas há cervejas de casco, caipirinhas, drinques clássicos e vários rótulos de vinho também. Escolha é que não falta para embarcar nesta viagem para a Terrinha. 

Em uma esquina colada na Praça Varnhagen, na Tijuca, está um bar daqueles bem clássicos: balcão de fórmica, azulejos azul e branco, e gaiolas de passarinhos por todo o lado. Abriu suas portas em 1944 e serve até hoje gostosuras que fizeram a sua fama ao longo dos anos. O carro-chefe é a rabada (R$58), que vem com batata e agrião, arroz, feijão e farofa, enquanto a mini feijoada (R$55) não fica muito atrás no número de pedidos. Para beliscar, a pedida é o clássico bolinho de bacalhau (R$9), que fica uma maravilha com as cervejas bem geladas servidas por lá - a Original custa R$14 e a Heineken sai por R$18.

Publicidade

Mais um que trocou de nome por conta da Segunda Guerra Mundial, o Bar Lagoa abriu em 1934 e chamava-se Bar Berlim. Manteve a sua essência ao longo de todas essas décadas, com garçons de gravata borboletas servindo as mesas de toalhas brancas, isso sem falar no cardápio que permanece praticamente intocado. Para começar, a salada de batata com maionese (R$30) e o filé mignon aperitivo (R$110) são os mais pedidos. Dentre as especialidades, estão o Tornedor à Lagoa (R$143), com bacon, ervilha, palmito, aspargos, batata portuguesa e pãozinho, e como o Steak Tartar (R$110). O menu conta ainda com várias delícias alemãs, como salsichão (R$77), joelho de porco (R$92) e kassler (R$101), além de muitos pratos com frutos do mar. O camarão ganha uma ala especial, em receitas tipo risoto (R$139) e moqueca (R$155). Como um bom clássico, pudim de leite (R$19) e o Romeu e Julieta (22) são ótimos encerramentos.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade