Sidarta
Philipp Lavra | Sidarta
Philipp Lavra

Peças de teatro em cartaz no Rio para assistir em março

Musicais, comédias, solos, dramas... há espetáculos para todos os gostos em cartaz pela cidade.

Renata Magalhães
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Com tantas montagens fazendo temporada no Rio de Janeiro, pode até ficar difícil escolher o que assistir. Vale espairecer com uma comédia ou apostar em um stand-up comedy. Há ainda opções para quem dá preferência para se emocionar com um drama ou cantar a plenos pulmões na plateia de um musical. Algumas são estreladas por medalhões e outras trazem novos nomes a serem conhecidos. Veja aqui as peças de teatro para assistir em janeiro.

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Peças de teatro para assistir em março

  • Drama
A dramaturgia do monólogo estrelado por Andrea Beltrão parte os diários da advogada pernambucana Mércia Albuquerque (1934-2003), com relatos sobre sua atuação em defesa de centenas de presos políticos do Nordeste, principalmente entre 1973 e 1974, um dos períodos mais pesados da ditadura brasileira. Na trama escrita por Silvia Gomez e dirigida por Yara de Novaes, A. é uma mulher que recebe os escritos e fica impactada com o testemunho pela busca de justiça — ou, ao menos, o paradeiro de desaparecidos, a partir das súplicas de mães desesperadas — e com a narrativa repleta de violência e coragem.
O espetáculo é inspirado no enredo “Uma Delirante Confusão Fabulística”, criado por Rosa Magalhães para a Imperatriz Leopoldinense, que prestou homenagem a Hans Christian Andersen em seu centenário. A peça, que conta com canções originais de Paulinho Moska, Zeca Baleiro e Chico César, narra a vida do famoso autor e os contos de fadas criados por ele, envolvido pela tradição da literatura de cordel do nordeste do Brasil. 
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Com a direção de Daniel Herz, o monólogo com Andriu Freitas traz as confissões de um homem com um propósito obssesivo: caçar padres abusadores e fazer justiça com as próprias mãos. O texto levanta questões sobre ética e justiça, fazendo o público refletir: ele é um anjo vingador ou simplesmente um assassino? 
A peça é uma espécie de ''Detetive'' da vida real, o famoso jogo de tabuleiro. Com texto original do alemão Paul Porter, e adaptação e direção de Pedro Neschling, a peça gira em torno da resolução de um crime que pode ter três finais. Todas as noites uma pianista será assassinada em sua casa. Após o homicídio, o agente Nicolas (Fernando Caruso), acompanhado pelo parceiro Márcio (Paulo Mathias Jr.), vai conduzir uma reconstituição dos momentos que antecederam o crime no salão de beleza que dá nome à peça (e fica no prédio da pianista). Nele estarão o cabeleireiro Tony (Carmo Dalla Vecchia), a manicure Barbara (Hylka Maria) e os clientes Eduardo (Douglas Silva) e Dona Meirelles (Cristiana Oliveira). Da plateia, o público pode (e deve) ajudar a elucidar os fatos até descobrir quem é o assassino – seja com comentários ou perguntas para os atores.
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Dirigido por João Fonseca, o espetáculo traz uma narrativa profundamente pessoal e emotiva, onde o ator Mohamed Harfouch mergulha na sua história de vida através de um monólogo, lidando com temas como identidade, pertencimento e aceitação de sua própria história. A peça é um misto de comédia e drama, que levou o artista a revisitar momentos de sua própria trajetória, especialmente sua relação com seu nome e sua herança cultural.
  • Musicais
Zezé Polessa volta a viver a cantora Nara Leão neste musical solo dirigido por Miguel Falabella. A peça promete revisitar a obra de um dos maiores ícones da música brasileira, trazendo clássicos imortalizados na voz da cantora como ''A banda'' e ''Diz que fui por aí''.
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Inspirado no livro "Sidarta", de Hermann Hesse, o espetáculo vem sendo preparado ao longo dos últimos cinco anos e narra a jornada do protagonista em busca de si mesmo – mesclando narrador, personagens e ator. Ambientada na Índia no período de vida do Buda histórico, e inspirada por uma viagem que o próprio Hesse realizou em sua juventude, a trama é uma ficção que abarca temas de valor existencial e mergulha na ambiguidade entre os polos sagrado e profano, sucesso e fracasso, prazer e privação, solidão e pertencimento.
Uma adaptação do conto "Senhor Diretor", de Lygia Fagundes Telles. Em um cenário minimalista, a professora aposentada Maria Emília (interpretada por Analu Prestes) passeia pelas ruas de São Paulo e se choca ao avistar uma revista com um casal seminu enlaçado, estopim para sua indignação com o caos em que vê a sociedade mergulhada. Decide, então, escrever uma carta ao diretor do Jornal da Tarde para expor sua revolta e, à medida em que mentalmente elabora o texto, tem seu pensamento disperso entre recordações e impressões sobre os acontecimentos à sua volta. Idealização, dramaturgia e direção de Silvia Monte.
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  • Comédia
Transitando entre a estranheza e o humor, o espetáculo expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual através de três histórias entrelaçadas: um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial se cruzam dentro de um prédio comercial, criando um microcosmo das relações humanas e sociais do nosso país. Os três personagens são interpretados por Marcio Vito, que completa 35 anos de carreira. Idealizado e escrito por Rogério Corrêa, com direção de Cesar Augusto.
O espetáculo traz para o palco o universo de Caio Fernando Abreu através de vozes femininas, crônicas, cartas, contos, poemas, textos teatrais, música ao vivo e projeções. O roteiro foca na parte da obra que valoriza a vida, mostrando uma face pouco conhecida do autor: um homem vibrante e solar, que se revela desperto para o milagre da existência diante da iminência da morte – muitas vezes abordada com humor e profundidade.
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