A dramaturgia do monólogo estrelado por Andrea Beltrão parte os diários da advogada pernambucana Mércia Albuquerque (1934-2003), com relatos sobre sua atuação em defesa de centenas de presos políticos do Nordeste, principalmente entre 1973 e 1974, um dos períodos mais pesados da ditadura brasileira.
Na trama escrita por Silvia Gomez e dirigida por Yara de Novaes, A. é uma mulher que recebe os escritos e fica impactada com o testemunho pela busca de justiça — ou, ao menos, o paradeiro de desaparecidos, a partir das súplicas de mães desesperadas — e com a narrativa repleta de violência e coragem.