Primeiro, as boas notícias. X-Men: Fénix Negra até se vê bem e é uma adição razoável a uma série cinematográfica que parecia ter sido esticada até ao ponto de ruptura. É visualmente apelativo e nem os cenários nem os actores envergonham quem quer que seja. Sem ser tão bom como Logan, é melhor do que o anterior X-Men: Apocalipse.
Por outro lado, não deixa de ser uma má recauchutagem de A Saga da Fénix Negra, um dos mais acarinhados arcos narrativos da banda desenhada de Chris Claremont e John Byrne. Ainda por cima, uma história que já tinha inspirado o desastroso X-Men: O Confronto Final, de Brett Ratner, em 2006. Desta feita, com um enredo genérico e diálogos embaraçosos. É difícil não sair do cinema a sentir que vimos um filme sem alma, nem razão de existir, feito para despachar antes de a Marvel (e a Disney, que entretanto comprou os estúdios 21st Century Fox) recuperar as personagens e adicioná-las ao seu universo.