A dupla de realizadores de Actividade Paranormal 3 e 4 assina aqui mais uma entrada do subgénero de terror “vírus epidémico desconhecido que parasita os humanos e os transforma em zombies”. Realizado com um orçamento de poupança que obriga a acção a ficar em grande parte confinada ao interior da casa das principais protagonistas, duas irmãs adolescentes, Viral não traz grande coisa de novo a um formato narrativo que David Cronenberg já minerou em profundidade nos anos 70, tirando o pormenor das heroínas serem filhas de um professor de Ciências Naturais e saberem bastante sobre microorganismos deste tipo. O que não as impede de ter exactamente os mesmos comportamentos inconscientes característicos das personagens dos filmes de terror nas alturas decisivas da história. Viral não é mau, mas também não é suficientemente bom para ficar na memória.
Por Eurico de Barros