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Chico (Pedro Marujo), um recém-licenciado, ruma a Lisboa à procura de emprego e acaba por se meter numa roda viva de saídas a discotecas, festas e engates de Verão. Rodado em condições precárias e à base de muitas boas vontades, Verão Danado não pretende ser o retrato de uma geração portuguesa, antes o de uma juventude que vive no momento, para o imediato e da satisfação passageira, e se deixa ir na corrente de um quotidiano sem grandes perspectivas. Este filme de Pedro Cabeleira fica-se pela descrição superficial e repetitiva desse mesmo quotidiano, sem que haja um mínimo de elaboração dramática, de conflito e de interacção produtiva entre as personagens, que faça com que os espectadores se interessem por elas e se envolvam na história. Verão Danado tem os gestos, mas falta-lhe um discurso que o sustente, justifique e lhe dê significado e relevância.
Por Eurico de Barros