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Algures em Inglaterra, uma rapariga entra numa empresa e confronta um dos seus quadros, um homem chamado Peter. Passa-se que 15 anos antes, quando a rapariga, chamada Una (Rooney Mara), tinha 13 e era vizinha do homem, Peter (Ben Mendelsohn), este envolveu-se sexualmente com ela. Depois de tudo ter vindo a público, Peter foi julgado por abuso de menores, passou quatro anos na cadeia, saiu e depois mudou de nome, de cidade, de emprego, de vida.
Una veio procurar Peter não para se vingar dele expondo-o aos colegas, ou para o matar. É que a relação entre ambos não foi forçada por Peter nem envolveu violência. Una veio procurar Peter para saber porque é que ele a abandonou numa pensão sem dizer água vai, antes de ser preso. Adaptado por Peter Harrower da sua peça Blackbird, este filme de Benedict Andrews dá um twist inesperado – e ousado – nos estereótipos das histórias sobre pedofilia. Mara e Mendelsohn são muito bons e, no final, o filme deixa uma dúvida inquietante no ar.
Por Eurico de Barros