[title]
O título deste documentário induzem erro porque sugere um percurso cronológico, arrumadinho e exaustivo pelo cinema francês pela mão do realizador Bertrand Tavernier, quando na realidade é uma viagem à bolina pelo cinema francês favorito de Bertrand Tavernier, que não vai mais longe do que a década de 70.
Antes de começar a fazer filmes, Tavernier foi crítico de cinema, assistente de Jean-Pierre Melville e agente de imprensa de Georges de Beauregard, o produtor de filmes de Godard, Chabrol, Demy, Melville, Schondorferr e Rohmer, assistiu a muitas rodagens e conheceu e entrevistou Jean Renoir, Jean Gabin e Claude Sautet.
Nascido em Lyon e filho da II Guerra Mundial, Bertrand Tavernier inicia esta jornada cinéfila, idiossincrática (quase nenhum Bresson e muito Jacques Becker, bastante espaço dedicado à música e ao esquecido compositor Maurice Jaubert, por exemplo) e carregada de histórias e anedotas, com as suas primeiras recordações do conflito e experiências de jovem espectador, que ficaram para sempre associadas, e dá-nos um documentário tão pessoal como indispensável.
Por Eurico de Barros