Um Homem Chamado Ove
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Crítica

Um Homem Chamado Ove

3/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado
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A Time Out diz

Todos os anos, há dois ou três pequenos filmes europeus que se transformam em sucessos internacionais. Em 2016, eles foram Toni Erdmann, da alemã Maren Ade, e este Um Homem Chamado Ove, do sueco Hannes Holm. Ambos foram nomeados ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, e Ove foi um dos filmes não-americanos mais lucrativos do ano nos EUA. Baseado num best-seller do escritor Frederik Backman, Um Homem Chamado Ove assenta numa situação familiar e que o cinema já glosou muitas vezes: um velho rabugento, coca-bichinhos e amargurado pela morte da mulher (o Ove do título, interpretado por Rolf Lassgard) muda de atitude por influência de alguém que lhe entra na vida por acaso (aqui, uma família nova no bairro, pai sueco, mãe iraniana e duas filhas pequenas). A história é uma combinação muito hábil de comédia de conflito (Ove dá-se mal com toda a gente na vizinhança e odeia a sociedade em geral, com os burocratas à frente) e de drama da terceira idade, onde Holm, ao contar em flashback a história da relação do protagonista com a sua bem-amada mulher, Sonja, para explicar a sua personalidade e o seu comportamento espinhudo no presente, faz também uma micro-história da sociedade sueca nas últimas décadas. A fita tem vários momentos de comédia muito conseguidos, de caracterização e de situação (a rivalidade Saab-Volvo, ou as sucessivas tentativas de suicídio de Ove, sempre interrompidas à última da hora), e só se torna mais xaroposa e manipuladora na hora de enviar a mensagem de elogio do espírito de comunidade, com espaço para a “inclusão”.

Por Eurico de Barros

Detalhes da estreia

  • Data de estreia:sexta-feira 30 junho 2017
  • Duração:116 minutos
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