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Tara (Gemm Arterton) é uma mulher satisfeita. Tem um marido bem arrumado profissionalmente, dois filhos pequenos saudáveis, uma casa espaçosa e confortável nos arredores de Londres, uma vida livre de preocupações imediatas. Mas é tudo aparência. Tara começa a fartar-se das solicitações sexuais do marido, das tropelias dos filhos, da rotina de dona de casa e mãe de família suburbana. Um dia, apanha o comboio para Londres, compra um livro sobre umas tapeçarias medievais que estão em Paris e volta para casa a falar em ir tirar um curso de arte.
O marido não gosta nada de ouvir isto, Tara estoira a tampa e apanha o Eurostar para Paris. Em Um Bilhete para Longe Daqui, o realizador e argumentista inglês Dominic Cooper labuta afanosamente sobre o tema da mulher suburbana que parece ter tudo, até descobrir que há um enorme vazio na sua vida, mas fá-lo contemplando todos os lugares comuns da insatisfação doméstica, familiar e existencial feminina, sem faltar o encontro com um sedutor francês. Um filme feito de banalidades e tédio.
Por Eurico de Barros