Nada menos do que três realizadores assinam esta longa-metragem de animação brasileira. Tito é um miúdo de dez anos que vive com a mãe, depois de o pai, um inventor que construiu uma máquina para comunicar com os pássaros, ter sofrido um acidente que feriu também o filho e ter saído de casa e desaparecido.
O mundo é então atingido por uma epidemia de medo devido a uma estranha doença que transforma as pessoas em pedras, e Tito e os seus melhores amigos, Sara e Buiu, que não fala, tentam encontrar o pai, para que ele os ajude a salvar a humanidade.
Além de óbvia, ingénua e insistentemente alegórica (os mercadores de sensacionalismo e de pânico nos media, os perigos da tecnologia, a esperança numa nova geração), e com uma narrativa laboriosa até ser confusa, Tito e os Pássaros é visualmente agressivo e berrante. Vê-se para registo, mas sem entusiasmo.
Por Eurico de Barros