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Mark Webb, o realizador deste Filme com o título de uma canção de Simon & Garfunkel, é um topa-tudo. Realiza videoclips de gente tão variada como Santana, Anastacia, P. Diddy ou Miley Cyrus, e no cinema circula entre mastodontes de estúdio como os títulos da série Homem-Aranha, de que já rodou dois, e os filmezinhos independentes, como (500) Dias com Summer ou Gifted.
The Only Living Boy in New York inclui-se na segunda categoria, com uma história que mete escritores, literatura e o meio editorial nova-iorquino. Thomas ( Callum Turner) é um rapaz que quer escrever, adora a sua frágil mãe (Cynthia Nixon), despreza o pai (Pierce Brosnan) por ter enriquecido a editar livros comerciais, e ouve os conselhos do seu copofónico vizinho W.F. (Jeff Bridges, co-produtor da fita), que também escreve. Thomas anda atrás da bela Mimi (Kiersey Clemons), mas acaba por se envolver com Johanna (Kate Beckinsale), a amante do pai, depois de a ter perseguido para que ela o abandonasse e não arruinasse o casamento dos pais, deixando a mãe de rastos. Webb filma esta história de iniciação atribulada à maturidade com tacto narrativo e sentido da boa temperatura emocional, sem tirar dividendos melodramáticos ou estereotipar as personagens. E todos os actores, com Bridges na liderança, são impecáveis.
Por Eurico de Barros