Crítica

Soldado Milhões

3/5 estrelas
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A Time Out diz

O primeiro filme português passado na I Guerra Mundial não podia deixar de ter falhas. Faltam, por exemplo, a chuva e a lama que atormentaram os soldados portugueses nas trincheiras da Flandres; faltam os sotaques característicos de homens em grande parte vindos do Norte do país, os tropas do filme falam como se fossem todos meninos de Lisboa; faltam sargentos a berrar ordens e a mediar entre o oficial e os “lãzudos”. Mas apesar destas (e doutras) imprecisões, Soldado Milhões, que conta (finalmente!) a história de Aníbal Augusto Milhais, o herói português da batalha de La Lys, travada há 100 anos, e se divide entre as trincheiras de França em que se distinguiu o “Soldado Milhões” (João Arrais fá-lo quando jovem), e o Portugal de 1943, onde o protagonista, já casado e com filhos (Miguel Borges) caça um lobo com a filha mais nova e recorda, em repentes, os tempos da guerra, tem uma determinação narrativa, denota um esforço de fazer o melhor que pode apesar das limitações e uma vontade de abrir caminhos pouco trilhados pelo cinema português, que têm que ser realçados e apoiados.

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