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Mandam os insondáveis desígnios da distribuição nacional que um filme como A Ghost Story, de David Lowery, premiado nos festivais de Deauville ou Sitges, e pela National Board Review americana, seja lançado em DVD sem passar pelas salas e vá depois aparecer nos canais de cinema codificados. E que uma aberração como este Querida Mãezinha se estreie nos cinemas, quando devia era ser ocultada dos olhos dos espectadores.
Versão para cinema de uma peça de teatro adaptada pelo seu autor, Sébastien Thiery, que também realiza com Vincent Lobelle e interpreta um dos papéis principais, Querida Mãezinha é uma infame, incompetente e embaraçosa mistura de baixa comédia e drama sentimentalão, que pretende fazer gargalhar e lacrimejar à custa de personagens deficientes. Em especial a interpretada por Thiery, o Momo do título original, que um belo dia se intromete na vida de um casal sem filhos (Christian Clavier e Catherine Front, lamentavelmente subaproveitados) e os trata por pai e mãe. Vá lá que a agonia que é Querida Mãezinha só dura 85 minutos.
Por Eurico de Barros