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O genérico e os primeiros minutos de Proud Mary parecem prometer uma homenagem aos filmes policiais de blaxplotation dos anos 70 que tinham mulheres negras por heroínas, caso da Foxy Brown e a Coffy da grande Pam Grier, ou a Cleopatra Jones de Tamara Dobson, com as quais nenhum homem fazia farinha.
Mas rapidamente nos apercebemos que Proud Mary, onde Taraji P. Henson (Elementos Secretos) interpreta a Mary do título, uma assassina profissional que faz parte de uma família do crime organizado de Boston, vai ser apenas mais um filme de acção feito às três pancadas.
Num enredo reminiscente do de Glória, de John Cassavetes, Mary torna-se na protectora de um rapazinho cujo pai matou durante uma missão, e que lhe desperta o instinto maternal, tendo que enfrentar não apenas a máfia russa como também a família para a qual trabalha e a sua própria figura paternal (Danny Glover). A fita é tão previsível como descartável, e por mais que se faça de durona, Taraji P. Henson não chega nem aos calcanhares de Pam Grier.
Por Eurico de Barros