The Holdovers
Photograph: Universal Pictures

Crítica

Os Excluídos

4/5 estrelas
Realizada por Alexander Payne e protagonizada por Paul Giamatti, esta comédia dramática está nomeada para cinco Óscares. Merece ganhá-los todos.
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A Time Out diz

Em 1970, num exclusivo colégio privado da Nova Inglaterra, um professor rabugento, sarcástico, exigente e de quem ninguém gosta, nem alunos nem colegas, tem que ficar no período do Natal e do Ano Novo na escola, a tomar conta de um aluno inteligente mas rebelde e amargo que os pais não levaram nas férias, juntamente com a cozinheira-chefe, que perdeu há pouco o filho, um antigo aluno, no Vietname.

Escrita por David Hemingson e realizada por Alexander Payne, Os Excluídos é uma comédia dramática sobre três solitários que representam outras tantas formas pessoais de infelicidade, e que vão ter que achar a maneira de se relacionarem nos dias penosos que têm que passar juntos num enorme edifício vazio e em plena época de alegria festiva e convívio familiar. Payne recria a época com discreta exactidão (a certa altura, aluno e professor vão ao cinema ver O Pequeno Grande Homem, de Arthur Penn, e toda a gente está a fumar no cinema; e numa sequência passada num restaurante, a empregada recusa servir ao rapaz uma sobremesa que inclui uma bebida alcoólica, porque ele é menor), não força qualquer nota sentimental ou efeito narrativo e consegue um filme pleno de observação e calor humano, humor seco e irónico, e drama tocante sem sombra de pieguice.

O sempre notável Paul Giamatti, no professor Paul Hunham; Dominic Sessa, no jovem Angus Tully; e Da’Vine Joy Randolph, na cozinheira Mary Lamb, trazem graça, emoção e uma imediata e profunda verdade humana às suas respectivas personagens, cada qual a esconder um segredo que será revelado na sua devida altura, no decorrer da história.

Os Excluídos está nomeado para cinco Óscares, e merece ganhá-los todos.

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