No tempo em que se desviavam aviões do seu rumo por razões políticas, um grupo independentista palestiniano tomou posse do voo da Air France que partira de Telavive em direcção a Paris. O piloto foi obrigado a rumar a Entebbe, no Uganda, os passageiros judeus separados dos restantes e feitos reféns. Em troca das suas vidas reivindicavam os raptores a libertação de algumas dezenas de militantes da sua causa. Israel não demorou a enviar um grupo de tropas especiais para resgatar os passageiros.
O ataque de um comando israelita ao aeroporto ugandês, há quase 42 anos, é o pretexto para José Padilha dirigir um filme de acção em jeito de reconstituição histórico-política. Como de costume no seu trabalho, apesar da intenção, o contexto político e as repercussões internacionais do caso são dadas como ilustrações, vinhetas para justificar a violência descabelada da acção.
Por Rui Monteiro