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A ideia de amor, a pessoa perfeita, é como procurar um doce da casa que seja realmente bom. Há uma altura em que se percebe que o doce da casa dificilmente prestará e desiste-se da ideia. E aqui há logo dois problemas. Um, fica-se sempre na dúvida se o doce da casa do sítio X é “aquele” (e não se pede com vergonha de ser-se gozado). Dois, se for mesmo bom se calhar não era mal pensado o restaurante ter novas ideias para o branding da coisa além de “doce da casa”. Ou seja, encontrar a pessoa perfeita ou um ideal de perfeição no amor é mesmo muito difícil (talvez impossível, talvez não passe de um conceito) – ou então é preciso ter uma sorte do caraças.
Martha (Anna Kendrick) tem uma sorte do caraças. Bem, mais ou menos. O Sr. Perfeito começa com ela a ser traída. Uns minutos à frente conhece Francis (Sam Rockwell), o tal Sr. Perfeito. E é-o, em parte. Até ela descobrir que ele é um assassino que anda a fugir dos tipos que o contratavam até há uns tempos.
Saltando esse pormenor, é verdade que eles até são perfeitos um para o outro. Um casal giro e tudo mais. O filme é que não vai além da graça “apaixonei-me por um assassino”. Bem, não se pode ter tudo.
André Almeida Santos