O Fim do Mundo
DRO Fim do Mundo

Crítica

O Fim do Mundo

3/5 estrelas
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A Time Out diz

Este O Fim do Mundo será talvez o que de mais próximo no cinema português se fará de um hood movie americano, mas sem os clichés sociais, a violência estereotipada e as doses cavalares de rap. Está à medida da realidade em que se passa e que revela. A desesperança, mais do que a raiva ou a revolta, é o sentimento que predomina. Segunda longa-metragem do luso-suíço Basil da Cunha, O Fim do Mundo segue Spira (Michel David Pires Spencer), um rapaz que passou oito anos numa casa de correcção e regressa ao bairro da Reboleira, onde nasceu e cresceu, e à casa da madrasta e dos dois irmãozinhos. As casas do bairro estão a ser demolidas aos poucos, há tensão e agressividade no ar, os seus amigos traficam droga, cometem pequenos delitos e preguiçam, e a rapariga que Sipra quer impressionar tem já um filho pequeno e é malvista pelas mulheres da zona. Não há nada a que ele se possa agarrar e cedo volta ao mesmo, que é quase nada. Trabalhando com os moradores do bairro e actores quase todos não-profissionais, Basil de Cunha assina um filme limitado mas honesto, no retrato, no discurso e no desconsolo.

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