A primeira longa-metragem do argumentista espanhol Sergio Barrejón, com uma já longa carreira na televisão, é uma comédia negra sobre uma grande empresa em dificuldades financeiras, dirigida pelo colérico César (Luis Callejo). Ele é um tipo insofrível que funciona à base de cocaína e whisky, trata os outros directores e os empregados com sete pedras nas mãos e está em conflito com a mulher e o filho adolescente. O enredo de O Chefe envolve corrupção no interior da empresa e uma conspiração para derrubar César, e uma empregada da limpeza colombiana (Juana Acosta), por quem este se afeiçoa e que o vai ajudar na crise que enfrenta. A interpretação de Callejo, que corre do cómico ao patético e enche o filme, não é no entanto suficiente para compensar a previsibilidade da história desta co-produção entre Espanha e Portugal, que conta com Dalila Carmo no elenco.
Por Eurico de Barros