De repente, do nada surge um vídeo. Lembram-se de Heather, aquela, a última vítima da bruxa do bosque de Blair? Pois, parece que foi ela quem gravou estas imagens, durante 17 anos desaparecidas. O irmão, pelo menos, está convencido, e nesse convencimento arrasta para nova expedição um grupinho, dadas as circunstâncias, enfim, para dizer o mínimo, suicidário. Primeiro conclusão: uau, agora as câmaras são GoPro… E eles têm um drone.
Em 1999 foi um espanto. Com o hiper-realismo fantasiado de O Projecto Blair Witch, Daniel Myrick e Eduardo Sánchez pareciam prontos a revitalizar um género que andava pelas ruas da amargura. Mas foi sol de pouco dura, por assim dizer, pois o cinema de terror evoluiu pouco e geralmente mal durante este século. Talvez por isso a ideia de uma sequela não pareceu mal de todo a Adam Wingard (que, como toda a gente, faz de conta que não existe O Livro das Trevas: Blair Witch 2). Meteu mãos à obra e… Não é que contou a mesma história, agora com outras personagens, tecnologia de ponta e um desenho de som (Jeffrey A. Pitts) que é, realmente, a única componente de terror do filme.
Rui Monteiro