Mulher Que Segue à Frente

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A Time Out diz

O cinema não costuma ser bom professor de História. Os filmes tomam demasiadas liberdades com factos, personagens e cronologias, e
 é muito fácil que alterações aceitáveis e compreensíveis se transformem em deturpações
 e fantasias. É o que sucede em Mulher Segue à Frente, que pega em personagens e situações reais e as distorce em nome de uma agenda e idealização romântica.

Jessica Chastain interpreta Caroline Weldon, uma pintora que em 1889 viaja de Nova Iorque para a reserva índia do Dakota com a intenção de pintar o retrato do lendário chefe Touro Sentado (Michael Greyeyes). O filme apresenta-a como ignorante da situação dos índios, quando ela era uma activista dos direitos destes. Mas onde a realizadora vai longe demais é na representação absurdamente idealizada da relação entre Weldon e Touro Sentado (ao ponto de sugerir uma atracção sentimental entre ambos), e ao fazer da artista a responsável pela revolta dos índios da reserva, que levaria à morte daquele. O que não só não corresponde à verdade como é de um paternalismo confrangedor.

Querendo – e justificadamente – recordar as injustiças e prepotências feitas aos índios por Washington, Mulher Segue à Frente acaba por ser condescendente e ofensivo para com eles. É cinema sofrível e História deformada.

Por Eurico de Barros

Detalhes da estreia

  • Duração:101 minutos

Elenco e equipa

  • Realização:Susanna White
  • Argumento:Steven Knight
  • Elenco:
    • Jessica Chastain
    • Sam Rockwell
    • Michael Greyeyes
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