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A personagem da Mulher-Maravilha nasceu durante a II Guerra Mundial, e combateu pelos Aliados nos comics. Nesta adaptação ao cinema das aventuras da super-heroína da DC, preferiu-se pô-la a lutar na I Guerra Mundial. Mas no fundo tanto faz, porque o filme de Patty Jenkins (Monstro) sacrifica todo e qualquer realismo, sentido da História (com “h” maiúsculo) ou de recriação de época, situando-se num mundo que é uma versão de comic book, simplista, atabalhoada, primária e incongruente do nosso mundo.
Mulher-Maravilha é mais um blockbuster de super-heróis como tantos outros. O que interessa é esmagar o espectador pela imagem e pelo som, recorrendo ao arsenal de efeitos especiais para construir sequências de acção desmesuradas e estoira-tímpanos, que comungam da estética dos jogos de vídeo e transgridem todas as leis da física. É suposto ser “entretenimento”, mas na realidade é uma coisa repetitiva e entorpecente.
Gal Gadot empresta a cara bonita e as curvas de top model à Mulher- Maravilha, metida num uniforme mais púdico do que a da televisiva Lynda Carter.
Por Eurico de Barros