Este filme do artista plástico e realizador alemão Julian Rosenfeldt tem a sua origem numa instalação de videoarte de sua autoria, protagonizada pela mesma Cate Blanchett que aqui aparece multiplicando-se por 13 personagens.
Surgindo em cenários muito diversos, de paisagens industriais desoladas ao palco de um teatro, a um estúdio de televisão e uma casa de família, elas enunciam excertos de outros tantos manifestos políticos ou artísticos, que incluem o Manifesto Comunista, de Karl Marx, o Situacionista, o Dadaísta, o Fluxus ou o Dogma 95.
A ideia não deixa de ser curiosa, mas tirada do seu contexto experimental original e transferida para cinema, perde a consistência e resulta desgarrada e entediante.
Por Eurico de Barros