A culpa não é do macaco, porque o King Kong em stop motion deste filme, o segundo da nova franchise intitulada MonsterVerse (iniciada com o Godzilla de Gareth Edwards, em 2014) até faz justiça expressiva ao gorila gigante da Ilha da Caveira. Mas o resto, meu Deus, o resto!... Kong: Ilha da Caveira consegue ser pior que o remake de King Kong feito por Peter Jackson em 2005. Passado em 1973, num mundo onde, aparentemente, ninguém viu o original de Cooper e Shoedsack, este reboot é uma descomunal e tonitruante mixorofada, parte filme de guerra do Vietname, parte filme de monstros, parte Parque Jurássico desvairado, passado numa Ilha da Caveira povoada por bichos gigantes e por uma espécie de lagartos mutantes vindos do centro da terra, que limpam o sebo ao atarantado elenco. Um filme sem rei nem roque de tamanho XXL.
Por Eurico de Barros