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O Hip-Hop é um mundo. E o hip-hop português, por muito que o género seja uma boa porção da corrente dominante da música pop, é um mundo à parte.
É esse mundo separado, porém atento à realidade e muitos vezes actuando sobre ela, que os realizadores mostram, concentrando o seu interesse em quatro vertentes de um movimento que a lenda afirma ter nascido aí pelos anos de 1970, no Bronx, em Nova Iorque. O rap, o DJ, o breakdance e o graffiti são os pilares em que assenta um trabalho especialmente interessado na evolução do hip-hop nacional, dando voz aos seus intérpretes através da participação de mais de quatro dezenas de artistas, em grande parte músicos como Chullage, Mundo Segundo, NBC, Slow J, DJ Ride, Stereossauro, Bdjoy, TNT, Sanryse ou Sensei D. Como se vê, uma lista extensa e representativa do estado da arte.
Para mal dos seus pecados, o labor de António Freitas e Fábio Silva, embora exaustivo, padece da doença, comum a tantos documentários musicais que já se tornou estilo, de se limitar a pôr os protagonistas a falar sem qualquer contextualização crítica relevante. Fora isso...
Por Rui Monteiro