Gru – O Maldisposto 4
Illumination and Universal PicturesGru – O Maldisposto 4
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Crítica

Gru – O Maldisposto 4

4/5 estrelas

Gru e os indispensáveis e caóticos Minions enfrentam um super-vilão e gozam com os filmes de super-heróis nesta nova animação.

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A Time Out diz

Se os Minions causam muita confusão, imaginem só o que seria se tivessem superpoderes. É exactamente o que acontece a cinco deles em Gru – O Maldisposto 4, de Chris Renaud e Patrick Delage, quando são submetidos a uma experiência científica da Liga Anti-Vilões e ficam, respectivamente com o superpoder da elasticidade, do voo, da visão laser, da força e do comer paredes, bombas, etc. Escusado será dizer que o resultado é uma desopilante paródia por inversão aos filmes de super-heróis e aos seus estereótipos, situações espectaculares e cenas de combate com os super-vilões, porque os Mega Minions usam estas suas novas capacidades para espalhar o mais hilariante caos à sua volta, embora à partida tenham a melhor das intenções.

Esta quarta fita animada da série Gru tutelada pelos estúdios Illumination continua a manter bem lá no alto a fasquia da imaginação, da animação digital estilizada, dos enredos muito atarefados e do disparate cómico com a quinta velocidade metida, com os Minions a fazerem, como é habitual, grande parte das despesas. Em Gru – O Maldisposto 4, Gru e a sua família, agora aumentada com a chegada de um bebé, Gru Jr., que gosta mais da mamã do que do papá, para espanto deste, são obrigados a deixar a sua casa e a esconder-se num bairro abastado, embora numa moradia nada luxuosa, fornecida pela Liga Anti-Vilões.

Isto porque um antigo colega de liceu de Gru, o maléfico Maxime Le Mal (voz de Will Ferrell – evitem a versão dobrada a todo o custo!) que se tornou parte homem, parte barata por artes tecnológicas, jurou vingar-se dele depois de ter sido capturado numa reunião de antigos alunos da escola, e evadido posteriormente de uma prisão de alta segurança. Maxime é acompanhado pela sua longilínea e desdenhosa parceira Valentina (voz de Sofia Vergara) e o casal desloca-se num enorme e veículo que tanto anda no solo como trepa por paredes acima e voa, e tem a forma – adivinharam! – de uma barata. 

Como se isto não fosse suficiente, Gru tem também que se haver com Poppy (voz de Joey King), a precoce e maquiavélica filha adolescente dos seus novos vizinhos ricaços, que quer ser uma super-vilã. E ameaça divulgar o paradeiro de Gru nas redes sociais se ele não a ajudar no seu intento. Mas quando Le Mal e Valentina conseguem raptar Gru Jr., Poppy vai ser fundamental para o ajudar a recuperar o bebé. No meio de todo este afã há muita e divertidíssima balbúrdia causada pelos Minions, que desta vez andam divididos. Há o trio que dá assessoria doméstica à família de Gru (a cena em que mudam a fralda a Gru Jr. é uma delícia) e a acompanha para o esconderijo, e os restantes, que vão pintar o sete para a sede da Liga Anti-Vilões enquanto a família Gru não volta a casa, e dos quais vão sair os cinco Mega Minions.

As tropelias dos Minions são em boa parte como curta-metragens cómicas embutidas no filme maior, mas daí não vem mal nenhum nem a este, nem ao mundo. E entre muitos e desvairados outros, há um brilhante gag recorrente em segundo plano protagonizado por um dos Minions domésticos que, no início da fita, fica preso numa máquina de venda automática, e por lá se mantém mesmo até ao fim. E por falar em fim, e como já é tradição, convém ficar mesmo até ao finzinho de Gru – O Maldisposto 4, porque a ficha técnica abunda em gags protagonizados pelos pequenos e amarelos ajudantes de Gru, cujas vozes continuam a cargo do incansável Pierre Cofin. 

Este é o filme animado por excelência do Verão, e porque não é feito apenas tendo como público-alvo os mais pequenos, tal como os anteriores, por também ter piadas, referências e piscadelas de olho dirigidas aos mais crescidos (ver, por exemplo, a sequência final apoteótica na prisão dos vilões, em que a canção “Everybody Wants to Rule the World”, dos Tears for Fears, está em grande destaque), pode ser apreciado por toda a família.

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