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Há aquela expressão que os treinadores de futebol gostam muito de usar, “meter a carne toda no assador”. É o que faz Godzilla 2: Rei dos Monstros. Mete não só toda a turma dos monstros (além de Godzilla, Mothra, a traça fluorescente; Ghidorah, o dragão com três cabeças; Rodan, o passarão cospe-fogo; e mais uns secundários) como também uma civilização ancestral engolida pelos mares, a teoria da Terra Oca e os deuses antigos que, em vez de astronautas, eram os membros deste desvairado bestiário criado nos anos 50 pelos japoneses dos estúdios Toho, e agora recuperado por Hollywood em associação com os chineses. O enredo abdica de qualquer lógica, credibilidade e verosimilhança. É um cabide para pendurar descomunais sequências de combate e destruição, umas atrás das outras. Godzilla 2 já nem é cinema, no sentido de ser feito com câmaras e actores, mas sim no computador.
Por Eurico de Barros