Vencedor do Festival de Veneza em 2013 com Sacro GRA, e do Festival de Berlim deste ano com Fogo no Mar, o italiano Gianfranco Rosi tornou-se no documentarista mais premiado de sempre em grandes festivais de cinema. Em Fogo no Mar, Rosi deslocou-se à ilha de Lampedusa, que recebe em cheio, e dia e noite, as vagas de refugiados do Médio Oriente e de migrantes económicos africanos, para filmar em paralelo, no seu estilo de observação impávida e não-intromissiva, o trabalho dos marinheiros, médicos e pessoal de apoio italiano que recolhe e trata daqueles, e o quotidiano de Samuele, um miúdo local. O rapazinho e os naúfragos nunca se vêem ou cruzam, o que Rosi usa como uma metáfora para representar dois mundos de costas voltadas, o dos que chegam em aflição à Europa e o dos que lá vivem indiferentes ao facto. Mas a verdade é que Lampedusa e os seus habitantes estão a ser seriamente afectados pela acumulação de milhares e milhares de trânsfugas na ilha, e Fogo no Mar escamoteia essa realidade que a imprensa e os noticiários televisivos têm revelado.
Crítica
Fogo no Mar
A Time Out diz
Detalhes da estreia
- Data de estreia:sexta-feira 10 junho 2016
- Duração:108 minutos
Elenco e equipa
- Realização:Gianfranco Rosi
- Argumento:Gianfranco Rosi
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