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Este filme de terror, coqueluche da crítica nos EUA (E não só), realizado em estreia pelo actor negro Jordan Peele (Madtv, Fargo), surge como uma bizarra combinação de blaxploitation dos anos 70, quando realizadores militantes como Gordon Parks ou Melvin Van Peebles se serviam de géneros tradicionais para fazer comentário social e político sobre a situação racial nos EUA, e de fita gore série B. Daniel Kaluuya interpreta um jovem fotógrafo negro que vai passar o fim-de-semana ao campo, a casa dos pais obsequiosamente progressistas da sua namorada branca, e descobre que nada é o que parece naquela família. Foge é um produto tardio da era Obama, apontado aos liberais com complexos de culpa racial e aos fanáticos de sangueira brutalista à moda de Tarantino.
Por Eurico de Barros