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Signe (Kristine Kujath Thorp) é uma anónima empregada de café em Oslo, que namora com Thomas (Eirik Saether), um artista plástico sem sombra de talento e ladrão de cadeiras e poltronas, mas cuja cotação está a subir no mercado. Um dia, uma mulher é mordida por um cão à porta do café em que Signe trabalha, e a rapariga é a única pessoa que a ajuda, beneficiando por isso de alguns minutos de atenção. Invejosa de Thomas e ansiosa por notoriedade pública (“Acho que devia ter um podcast”, diz aos seus espantados amigos), Signe começa a tentar tornar-se “conhecida”, sem sucesso. Até que decide tomar, em doses cavalares, um medicamento russo que foi banido do mercado por causar efeitos secundários muito desagradáveis, conseguindo finalmente tornar-se falada nos media e nas redes sociais. Só que o preço que ela vai pagar é muito pesado. Realizado pelo norueguês Kristoffer Borgli, Farta de Mim Mesma é uma sátira muito negra (e com laivos de gore e de body horror à David Cronenberg) à obsessão pelo cultura da fama e aos excessos irresponsáveis e demenciais a que algumas pessoas podem chegar para se tornarem “conhecidas” e faladas.