A invasão do Iraque está na origem de várias das catástrofes que atingem hoje o Médio Oriente e o Ocidente, e tem também como efeito secundário menor o aparecimento de filmes inenarráveis como Exército de um Homem Só.
É a história verídica de um labrego americano com problemas renais, Gary Faulkner, ao qual Deus apareceu numa visão e mandou ir ao Paquistão fazer o que as forças armadas dos EUA não conseguiam: capturar Osama Bin Laden. Um intento frustrado, após várias peripécias entre o grotesco e o humilhante.
Interpretado por um Nicolas Cage no seu registo mais descontrolado e histérico, Exército de um Homem Só não consegue funcionar como comédia, como sátira política, como paródia aos rednecks ou como filme tout court. É um embaraçoso, escancarado e aberrante desastre cinematográfico, escrito com os pés e filmado por um amblíope, no caso Larry Charles (Calma, Larry; Borat) em dia mesmo muito, muito “não”.
Por Eurico de Barros