Se tivesse sido rodado com a II Guerra Mundial ainda fresca na memória colectiva britânica, como foi o caso, em 1958, de A Epopeia de Dunquerque, de Leslie Norman, este Dunkirk de Christopher Nolan seria um filme de agitação e inspiração patriótica. Pelo contrário, é uma fita onde a escala de superprodução contrasta com a abordagem semidocumental e descritiva, e o tom carregado e não-heróico. Nolan recorreu a um mínimo de efeitos digitais e apostou em aviões e barcos da época, ou réplicas, o que confere outra autenticidade ao filme.
Por Eurico de Barros