A vida de Endre (Géza Morcsányi) no matadouro, nos arredores de Budapeste, onde trabalhava, era a de um tipo metido em si, com o cargo de gerente, é certo, no entanto obrigado a esconder o seu deficiente braço esquerdo, o que fazia com o mesmo jeito usado para esconder sentimentos. Até aparecer Mária (Alexandra Borbély), contratada para controladora de qualidade, e, por caminhos só provavelmente fornecidos pelos meandros dos matadouros, ambos caírem um pelo outro, tentando cumprir os seus sonhos comuns. O que pode não ser fácil neste filme de Ildikó Enyedi, Urso de Ouro em Berlim.
Por Rui Monteiro