Se em Carros 2 Faísca McQueen é atirado para dentro de uma intriga de espionagem internacional, em Carros 3 vê-se atirado para fora das pistas por Jackson Storm, um arrogante e vistoso rookie da nova geração de corredores high tech, e relegado para a condição de campeão veterano à beira da reforma. Mas McQueen sente-se ferido no seu orgulho e quer continuar a correr e a vencer. Por isso, o novo proprietário da sua equipa arranja-lhe uma treinadora motivacional, Cruz Rodriguez, e submete-o a uma actualização tecnológica. Mas será que isso chega para ele recuperar a confiança e voltar às vitórias?
Depois de uma Parte 2 passada fora do habitat da série, a Pixar fez voltar a casa, e às corridas, toda a equipa de Carros, e o novo filme segue, até certa altura, a trajectória convencional das histórias “inspiradoras” sobre regressos em força de heróis que pareciam ter passado da data de validade, para introduzir de repente uma agradável surpresa. Esta fuga à previsibilidade, aliada ao talento único do estúdio para dar vida a objectos, humanizá-los e aproximá-los de nós emocionalmente, sejam brinquedos, sejam automóveis, e à assombrosa qualidade da animação, fazem de Carros 3 um filme melhor do que poderíamos esperar de uma terceira parte de um colossal sucesso da Pixar, sobretudo após um segundo filme decepcionante.
Por Eurico de Barros