[title]
Durante quase toda a década de 70, a jornalista americana Linda Lipnack Kuehl gravou mais de 200 horas de entrevistas com pessoas e artistas que conheceram Billie Holiday e privaram ou tocaram com ela, bem como familiares e psiquiatras. Ia escrever a biografia definitiva da cantora, mas morreu subitamente em 1978, antes de o conseguir. A partir dessas gravações, o realizador James Erskine assinou este documentário sobre a tão genial como infeliz Lady Day, que a mostra como tendo sido vítima de uma infância e juventude duríssimas, do racismo da sociedade americana de então e de muitos homens brutais e exploradores, brancos e negros, entre maridos, agentes, namorados e funcionários do governo (FBI, brigada anti-estupefacientes); mas também da sua dependência das drogas e de se envolver doentia e cronicamente com homens que a maltratavam e espoliavam.