Porquê mais um remake de Ben-Hur quando já se tem o colossal filme mudo de Fred Niblo (1925) e o seu épico e solene remake de William Wyler (1959), que ganhou 11 Óscares e salvou a MGM da ruína? Só se for para a Paramount e a mesma MGM abrirem um rombo nas finanças. Porque este Ben-Hur é aflitivamente deficiente nos departamentos onde residia a força dos seus antecessores: a espectacularidade esmagadora e o proselitismo religioso sincero. Junte-se um argumento que condensa e deturpa a história original até ao ridículo, diálogos hilariantes e dois espessos podões nos papéis principais, e eis mais uma catástrofe à escala bíblica em Hollywood.
Eurico de Barros