Num país Latino-Americano não identificado, um punhado de guerrilheiros sequestra uma famosa cantora de ópera (Julianne Moore), um rico industrial japonês (Ken Watanabe) e diplomatas de várias nacionalidades que assistiam a um recital daquela. Os guerrilheiros fazem as suas reivindicações, o governo não responde, o tempo vai passando e, dentro do edifício, começam a tecer-se relações afectivas entre os sequestrados, mas também entre captores e reféns.
Trabalhando sobre um livro de Ann Patchett, Paul Weitz quer mostrar como a música pode servir de traço de união entre pessoas completamente diferentes, postas numa situação extrema. O problema é que a história não demora a tornar-se chapadamente inverosímil, roçando o ridículo vezes demais, as personagens são transparentes e a visão de Julianne Moore a tentar fazer playback com a voz de Renée Fleming, entra para a lista dos momentos de cinema mais embaraçosos do ano. Antídoto para esta pepineira: rever Uma Noite na Ópera, com os Irmãos Marx.
Por Eurico de Barros