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Na série de televisão original com David Hasselhoff e Pamela Anderson não havia gags com testículos presos em espreguiçadeiras nem com pénis de mortos em morgues. É só para dar uma ideia de quão baixo desce a versão para cinema de Baywatch – Marés Vivas, onde no entanto continua a haver maminhas a saltitar em câmara lenta sob fatos de banho muito colantes, e os músculos de Hasselhoff foram substituídos pelos de Dwayne Johnson, que se assemelha a um rochedo tatuado ambulante e faz ‘Hoff ’ parecer Marlon Brando.
O filme define-se pela negativa. Não tem ponta por onde se lhe pegue, do argumento às interpretações, da comédia à acção, não tem um neurónio que seja, não tem realizador e nem sequer tem continuidade, passa-se de um plano com um sol de radioso para outro com céu nublado na mesma sequência. Baywatch é cinema feito por gente com um QI de oito, para público no mesmo comprimento de onda mental.
Por Eurico de Barros