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Quase 15 anos após Avatar, James Cameron volta ao planeta Pandora, onde Jake Sully constituiu família com Neytiri, tiveram filhos e adoptaram uma criança. Vivem felizes entre os Na’vi, até ao reaparecimento de um velho e cruel inimigo que assumiu uma nova e inesperada forma, e do qual têm de fugir para a zona dos oceanos do planeta, pedindo asilo ao clã local. Visualmente sumptuoso e tecnologicamente à altura da reputação inovadora e perfeccionista de Cameron (este é um daqueles invulgares casos em que o 3D resulta bem), Avatar: O Caminho da Água tem o mesmo problema do primeiro filme: é ficção científica simplista, com uma história previsível, esquemática, solene até ao ridículo, crivada de clichés e ajoujada ao peso de uma mochila de conversa fiada de espiritualismo New Age, e “mensagem” ambientalista gasosa. Uma pena, porque o autor de Aliens e Titanic é um dos raros realizadores que ainda sabe filmar acção como deve ser, e não como vemos nas fitas de super-heróis.