Quando pensamos em filmes passados na I Guerra Mundial, pensamos sempre em histórias de soldados no campo de batalha. Em As Guardiãs, Xavier Beauvois (Dos Homens e dos Deuses) foi desenterrar o livro homónimo de um autor esquecido, Ernest Pérochon, para recordar as mulheres que, em França, ficaram na retaguarda com os velhos e as crianças, a cuidar de quintas, e de comércios e negócios. Nathalie Baye interpreta a matriarca da família Sandrail, que tem dois filhos e o genro nas trincheiras, e gere a sua grande propriedade com a filha (Laura Smet, sua filha na vida real) e uma rapariga órfã contratada (a estreante Iris Bry, uma revelação). Combinando o documental e o romanesco, As Guardiãs é uma fita de robusta personalidade clássica.
Por Eurico de Barros