asas do desejo
©Wim Wenders Stiftung | |

Crítica

As Asas do Desejo

3/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado
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A Time Out diz

Só as crianças e os na sua situação vêem Damiel (Bruno Ganz) e Cassiel (Otto Sander), velhos anjos deambulando pela nublada Berlim Ocidental de 80s, olhando para os humanos, às vezes olhando por eles, eventualmente fornecendo algum alívio aos aflitos, mas nem sempre com êxito. Um dia, porém, Damiel apaixona-se por um dos seus objectos de observação.

E vai daí anuncia o desejo de se tornar humano, sentir as coisas fisicamente e senti-las ainda mais emocionalmente para concretizar a sua paixão por Marion (Solveig Dommartin), a trapezista do circo falido a que dedica atenção, como dedica, mas sem amor de premeio, àquela equipa de cinema onde Peter Falk faz de tipo sensível e sensitivo. O que traz um problema. Ao tornar-se humano não há garantias do anjo transviado encontrar a sua amada.

Em As Asas do Desejo, a cinefilia que andava a infectar o cinema de Wenders desde O Amigo Americano, tornou-se marca, sinal de autoria, porém sem causar estrago (esse viria depois) a esta película tão poética como desconsolada.

Por Rui Monteiro

Detalhes da estreia

  • Classificação:15
  • Duração:127 minutos
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