Um cruzamento de A Torre do Inferno e de Assalto ao Arranha-Céus, passado em Hong Kong (assim se vê a importância fulcral do mercado asiático, sobretudo do chinês, para a indústria cinematográfica americana) e servida pelos mais sofisticados efeitos digitais que os orçamentos confortáveis podem comprar, esta nova super produção com Dwayne Johnson é mais um daqueles exercícios em gigantismo descerebrado em que Hollywood se especializou, com a colaboração deste wrestler que saltou dos ringues para o cinema.
Johnson é Will Sawyer, um ex-agente do FBI perito em segurança, encarregue de analisar as defesas do maior arranha-céus do mundo, construído por um magnata chinês. Quando um grupo de malfeitores provoca um incêndio no edifício, com a família dele presa lá dentro, Sawyer entra em acção. E apesar de ter uma perna artificial, em resultado de uma explosão durante um salvamento de reféns, dez anos antes, Sawyer consegue fazer proezas que nenhum comum mortal faria nem que tivesse quatro pernas. Entretanto, o filme autoconsome-se na desmesura da sua inverosimilhança.
Por Eurico de Barros