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Desde o início do século que James Cameron queria levar ao cinema esta série de manga cyberpunk de Yukito Kushiro. Coube finalmente a Robert Rodriguez fazer o filme, com Cameron a produzir e a assinar o argumento com Laeta Kalogridis. Passado num futuro distópico, depois de uma guerra planetária, Alita: Anjo de Batalha é a história de uma ciborgue com ar de adolescente (interpretada por Rosa Salazar, que está na casa dos 30, mas tem aqui aspecto de 16 devido aos efeitos digitais, e uns olhos esbugalhados de desenho animado) que descobre o seu passado de super-arma de combate sob forma humana. Essencialmente dirigido aos adolescentes consumidores de comics e jogos de vídeo, o filme tem pozinhos de Akira, de Rollerball, de Blade Runner e ainda de Pinóquio. E embora seja um bocadinho melhor do que as bisarmas de super-heróis (há uma cena muito bem achada, em qua Alita tem, literalmente, o coração nas mãos e o oferece ao namorado) e esteja visualmente conseguido, não deixa de ser tão previsível, repetitivo e massacrante como aqueles.
Por Eurico de Barros