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Richard (Johnny Depp), professor de Literatura num luxuoso colégio privado, é informado pelo seu médico de que tem um cancro nos pulmões e apenas alguns meses de vida. Em vez de ir dar uma aula, Richard entra pelo lago do colégio dentro e, com água pelos joelhos, insulta Deus e todos os santos. A seguir, decide não fazer nenhum tratamento e passar a viver o pouco tempo que lhe resta como lhe apetece, e a borrifar-se para tudo em seu redor: os alunos broncos, a mulher artista contemporânea que lhe põe os palitos com o director do colégio, a filha adolescente que anunciou que é lésbica, os colegas medíocres. Adeus, Professor, tinha tudo para ser uma boa comédia negra de veia satírica e iconoclasta. Em vez disso, e depois de um início prometedor, Wayne Rogers encolhe-se e transforma o filme, que também escreveu, numa espécie de O Clube dos Poetas Mortos sem a poesia nem o entusiasmo desafiador deste, mas com as mesmas piedades convencionais e lugares comuns de pacote sobre como aproveitar bem a vida. Não admira que até Johnny Depp pareça enfadado.